Em editorial, O Estado de S. Paulo diz que o Brasil virou 'refém do temperamento louco' de Jair Bolsonaro

Editorial do jornal paulista afirma que a capacidade de Jair Bolsonaro para fabricar crises "manterá o Brasil refém do temperamento vesânico do pior presidente que já governou a Nação”

(Foto: Reprodução | PR)


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247 - O jornal O Estado de S. Paulo afirma, em seu editorial desta quarta-feira (25) que a crise política e institucional que levou “cinco ex-presidentes da República – José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer – acionarem” seus canais de interlocução com as Forças Armadas” está ligada ao fato de que Jair Bolsonaro tem dado cada vez mais sinais “de que partirá para o ‘tudo ou nada’ – vale dizer, o descumprimento das leis e da Constituição, quiçá de ordens judiciais – como forma de se aferrar ao poder e, assim, tentar escapar das consequências políticas e penais de seus desatinos”. Segundo o periódico, o Brasil virou "refém do temperamento vesânico do pior presidente que já governou a Nação".

“Para o bem da Nação, as respostas que os cinco ex-presidentes obtiveram, ainda que com pequenas variações, afluíram na direção do respeito à Constituição pelas Forças Armadas. Os emissários dos ex-presidentes ouviram dos generais consultados que as eleições de 2022 não só vão ocorrer normalmente, como o Congresso ouvirá, na data da posse, o compromisso do presidente eleito, seja ele quem for, exatamente como determina a Lei Maior”, ressalta o texto.

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“A rigor, a própria consulta que cinco ex-presidentes da República fizeram aos generais revela, por si só, que Bolsonaro já golpeou a democracia ao agredir diuturnamente, com atos e palavras, os pilares do Estado Democrático de Direito”, destaca o editorial. “Jair Bolsonaro é irremediável. Se ainda havia alguma dúvida sobre sua aversão à política em seu sentido mais estrito – a acomodação de interesses por meio do diálogo –, esta dúvida foi dissipada em caráter definitivo pelo pedido de impeachment que o presidente apresentou ao Senado contra o ministro Alexandre de Moraes, sem qualquer fundamento a não ser a clara disposição de lançar seus apoiadores mais fanáticos contra a Suprema Corte e contra o Senado, que, evidentemente, não dará andamento ao pedido”, observa o editorialista.

“O País ainda tem pela frente longos 16 meses até que termine o mandato de Bolsonaro. Nada indica que os graves problemas que afligem o País serão tratados neste período. As investidas golpistas do presidente travarão o andamento de projetos importantes no Congresso, como as reformas estruturais. A capacidade de Bolsonaro para “fabricar artificialmente crises institucionais infrutíferas”, como bem avaliou o decano do Supremo, ministro Gilmar Mendes, é inesgotável. E isto manterá o Brasil refém do temperamento vesânico do pior presidente que já governou a Nação”, finaliza.

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