Eliane Cantanhêde sobre discurso de Bolsonaro na ONU: 'O risco é aprofundar os temores de investidores'
A jornalista Eliane Cantanhêde afirmou que, "em vez de amenizar, o risco é Bolsonaro aprofundar os temores de governos, sociedades e investidores". A colunista fez referência ao discurso dele a ser transmitido nesta terça-feira (22) na Assembleia Geral da ONU
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247 - "Não há como contestar que raras vezes o mundo esteve tão atento, perplexo e preocupado com o Brasil, insistentemente chamado de 'pária internacional'", escreve Eliane Cantanhêde em sua coluna publicada no jornal O Estado de S.Paulo. "Em vez de amenizar, o risco é Bolsonaro aprofundar os temores de governos, sociedades e investidores", afirma ela sobre o discurso gravado feito por ele para a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que ocorre a partir das 10h desta terça-feira (22).
De acordo com a jornalista, "ninguém se surpreende mais com as falas de Bolsonaro, o surpreendente é que, quanto mais estrangeiros se chocam, mais brasileiros acreditam e até replicam as barbaridades sobre a covid-19, meio ambiente e uma tal ameaça comunista".
"O Brasil, os fundos internacionais, oito grandes democracias, ex-ministros da Economia, ex-presidentes do Banco Central, os maiores grupos do agronegócio nacional e, evidentemente, ambientalistas das mais variadas tendências e regiões do mundo cobram ações, mas na realidade delirante do presidente, as críticas têm origem 'oculta', com o objetivo de derrubá-lo - como disse ontem o general Augusto Heleno", acrescenta.
"O discurso de hoje não é só mais um de presidentes brasileiros abrindo, ano a ano, a Assembleia-Geral da ONU, mas uma boa chance para Bolsonaro expor ao mundo quem ele é. Aliás, será que ele acha que a Terra é plana?".
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