"É preciso ver se Assange corre risco de morte", diz Correa
Presidente do Equador analisa pedido de asilo político por parte do fundador do WikiLeaks, que fugiu de prisão domiciliar na Inglaterra e se refugiou na embaixada equatoriana no país

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Agência Brasil - O presidente do Equador, Rafael Correa, disse que vai avaliar se há "perigo de morte" para decidir sobre o pedido de asilo que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, fez ao seu país."É preciso ver as causas (do pedido)", disse Correa em entrevista à BBC Mundo no Rio de Janeiro, onde participa da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. "O Equador defende o direito à vida; é preciso ver se há perigo de morte [para Assange]."
O australiano, fundador do WikiLeaks, está desde a noite de terça-feira (19) na Embaixada do Equador em Londres. O ativista, cujo site vazou milhares de documentos secretos, esperava extradição para a Suécia, onde é acusado de agressão sexual. Ele alega perseguição política.
Questionado se acha que poderia existir risco para Assange, Correa respondeu que "isso é o que se tem dito, que pelo tipo de delito [de que o fundador do WikiLeaks é acusado] ele pode ser condenado à pena de morte nos Estados Unidos [EUA]".
Assange teme ser enviado da Suécia aos EUA para responder por acusações de ter vazado, pelo WikiLeaks, informações secretas do país.
Na entrevista à BBC Mundo, Correa descartou a possibilidade de abrir negociações para decidir sobre o futuro de Assange - disse que será uma decisão "soberana" do Equador e que vai analisar se "ocorreu o devido processo" nas ações judiciais contra o australiano. Ele ressaltou que, por "consideração", pode consultar outros países antes de tomar uma decisão.
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