"Desmilitarização do governo compromete planos empresariais de Etchegoyen", diz Nassif

"A partir daí, concedeu uma entrevista virulenta, acusando Lula de covardia", explica o jornalista

(Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil)


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247 - Em artigo publicado no GGN nesta quinta-feira (19), o jornalista Luis Nassif explica o que está por trás dos ataques do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Michel Temer (MDB), o general Sérgio Etchegoyen, contra o presidente Lula (PT): "a desmilitarização do governo compromete seus planos empresariais".

"Na reserva, cumpriu papel similar aos colegas da reserva que, nos tempos da ditadura, eram chamados de generais-maçanetas, contratados como lobistas de empresas privadas para abrir portas no governo – em geral, dominadas por colegas militares. Montou uma empresa de 'compliance' com o ex-ministro da Defesa Raul Jungmann. O que ele entende de compliance? Nada. É evidente que seu trabalho consistiria em atuar junto a setores do governo controlados por militares. Ou seja, abrir maçanetas", explica.

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A partir da intenção de Lula de desmilitarizar o governo, Etchegoyen tenta emparedar o presidente em "uma entrevista virulenta", acusando-o de covardia por ter manifestado desconfiança em relação a uma parte das Forças Armadas.

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"É interessante analisar o conceito de covardia. Onde reside o poder e a influência de Etchegoyen? Em sua carreira militar e nas suas relações com colegas da ativa e da reserva. Ele faz ataques dessa ordem contra o Presidente da República porque tem, atrás de si, a solidariedade da instituição que o abrigou e abrigou várias gerações de Etchegoyen. (...) Qual seria o papel de um militar que honrasse a farda? Batalhar para limpar as Forças Armadas, para exigir que os maus elementos sejam punidos, para fortalecer os colegas que procuram devolver as Forças Armadas ao caminho da disciplina e da legalidade. Etchegoyen cumpre o caminho inverso. Vale-se de seu cargo de militar da reserva para falar em nome das Forças Armadas, comprometendo ainda mais sua imagem. Vale-se do corporativismo mais nocivo, aquele que não vacila em comprometer sua corporação, em nome de uma causa menor", finaliza o jornalista.

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