Demori: a milícia federal está nua

"O presidente e seus filhos, portanto, não são apenas vizinhos de milicianos. Os laços são mais profundos também do que as condecorações que ofereceram para milicianos na Alerj", escreveu o jornalista Leandro Demori

Leandro Demori e Jair Bolsonaro
Leandro Demori e Jair Bolsonaro (Foto: Alice Vergueiro/Abraji | Reuters)


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247 - O jornalista Leandro Demori afirmou em artigo no portal The Intercept que "nos últimos dois anos o Intercept tem se dedicado a cobrir as entranhas das milícias que atuam no Rio de Janeiro de maneira sistemática e com muito cuidado. Já contamos como milicianos assumiram o controle da cidade a partir de dados exclusivos do Disque Denúncia, fomos os primeiros a apontar a relação de milicianos com os assassinatos de Marielle Franco e de Anderson Gomes e, em abril, publicamos uma reportagem que decifra o enigma da rachadinha do gabinete de Flávio Bolsonaro. A grana desviada da Alerj servia para financiar obras ilegais de construtoras de uma milícia, segundo investigações do MPRJ que agora chegaram a Fabrício Queiroz, o tesoureiro da família presidencial". 

"Sendo direto: milícia é crime organizado armado, bandidagem, assassinatos. Isso é milícia. É máfia: um grupo de pessoas que domina um território e cobra "proteção" da população local. Quem não pagar, morre", acrescentou. 

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"Como já foi amplamente demonstrado na imprensa, os quatro gabinetes da família Bolsonaro sempre operaram como uma grande empresa de mamata profissional. Queiroz entrou na roda levado por Jair, sua esposa trabalhou no gabinete de Flávio, sua filha, no gabinete do próprio Jair na Câmara em Brasília. A repórter Juliana Dal Piva, do jornal O Globo, mostrou que os quatro Bolsonaro empregaram por quase três décadas 102 pessoas com laços familiares. É uma engrenagem de rachadinha para irrigar outros negócios".

O jornalista também enfatizou no artigo que "o presidente e seus filhos, portanto, não são apenas vizinhos de milicianos. Os laços são mais profundos também do que as condecorações que ofereceram para milicianos na Alerj (e inclusive durante cumprimento de pena na cadeia, como Adriano da Nóbrega). Os Bolsonaro têm negócios com a milícia e por tudo o que a investigação sobre Queiroz mostrou na semana passada, ficou bem explícito que ele era muito mais do que o sujeito que depositava a rachadinha. Queiroz, pelo que se sabe agora, é similar a um tesoureiro da máfia: não é laranja dos seus chefes, mas sim operador. Um PC Farias".

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