De olho na publicidade infantil

Estudo revela que pais acham que seus filhos so menos influenciados por propagandas de TV do que outras crianas



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247 — O Dia da Criança está próximo. Nesta época, a quantidade de propagandas na televisão destinadas ao público infantil aumenta. Os pais, muitas vezes, não se dão conta do quanto seus filhos são influenciados por elas. É o que conclui um estudo realizado pelo psicólogo Fábio Iglesias, do Departamento de Psicologia da Universidade de Brasília.Para a pesquisa, foram entrevistados 691 pais com crianças de até 12 anos. Eles responderam a um questionário que, entre outras perguntas, pedia para que classificassem o grau de influência das propagandas que percebiam em seus filhos, nos filhos dos amigos e nos de desconhecidos. Em uma escala de 1 a 10 — sendo 1 o grau mais baixo de influência e 10 o mais alto —, a média das respostas foi 5 para os próprios filhos, 7 para os de amigos e 8 para os de desconhecidos.

Foram analisadas 54 peças publicitárias veiculadas no intervalo de um programa infantil de grande audiência. Em geral, os produtos eram brinquedos. Roupas e alimentos também eram apresentados às crianças. Outro dado coletado foi que a maioria das propagandas era destinada aos garotos.

Na pesquisa, foram identificadas quatro principais estratégias para persuadir as crianças: modelagem social, quando o brinquedo funciona como modelo de comportamento a ser seguido; relato de uma história, o produto se torna um passaporte para a criança participar da narrativa do comercial; consenso social, a propaganda vende a ideia de que todos já têm o brinquedo; e critério de definição, um atributo novo do produto é razão para comprá-lo. A última estratégia é a mais utilizada.

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Para o pesquisador, a culpa de as crianças consumirem mais não é só do tipo de propaganda, mas do hábito de assistir a televisão muitas horas por dia. Segundo Iglesias, "vários fatores influenciam, é preciso saber, por exemplo, como a criança está na escola ou se está vendo muita televisão", diz.

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