Cristina Serra: CPI já tem flancos abertos para explorar contradições importantes
De acordo com a jornalista Cristina Serra, o general Eduardo Pazuello, o ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten e a secretária Mayra Pinheiro, que é do Ministério da Saúde e conhecida como Capitã Cloroquina, “contaram tantas mentiras” na CPI da Covid que “deixaram flancos abertos” para que a comissão “explore contradições importantes”
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247 - Em sua coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo, a jornalista Cristina Serra afirma que, na CPI da Covid, “personagens subterrâneos, como Mayra Pinheiro e Fabio Wajngarten, além do já citado Pazuello, contaram tantas mentiras que deixaram flancos abertos para que a CPI explore contradições importantes. Ficou evidente que os três se esforçaram para evitar a caracterização da cadeia de comando do genocídio”.
De acordo com a jornalista, a Comissão Parlamentar de Inquérito “começou um passo à frente, favorecida por um roteiro traçado pelas declarações de Bolsonaro desde o começo da pandemia, amplamente documentadas”. “Basta mencionar sua campanha permanente a favor da cloroquina e contra o confinamento, o uso de máscaras e as vacinas; É de se notar o despreparo de muitos senadores para inquirir os depoentes. Alguns até abrem mão de perguntar porque estão mais preocupados em fazer discurso para suas redes sociais. A condução das sessões também não tem sido capaz de impedir longas e nocivas perorações negacionistas”, diz.
Em sua análise, a colunista avalia que “o saldo de um mês de trabalho é bastante positivo”. “Os depoimentos de Dimas Covas, do Butantan, e do executivo Carlos Murillo, da Pfizer, quando cotejados com as afirmações de Bolsonaro e Pazuello e decisões e omissões do Ministério da Saúde, permitem traçar uma linha do tempo dos obstáculos criados pelo governo federal para a aquisição de vacinas”, continua.
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