Cristina Serra cobra Pacheco pela CPI do MEC e diz que presidente do Senado é "linha auxiliar de Bolsonaro"

"Legislativo que não cumpre seu papel se rebaixa, age como cúmplice e colabora com a ruína da democracia", afirma a jornalista

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)


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247 - A jornalista Cristina Serra, em artigo publicado na Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (11), faz críticas à letargia do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que não colabora com a criação da CPI do MEC.

Ela relembra os recentes escândalos do ministério, que resultaram na demissão do então ministro da pasta, Milton Ribeiro: "é como praga em plantação. Deixa terra arrasada, mas enche o bolso de pastores trambiqueiros, da escumalha do centrão e de empresários de fachada".

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A jornalista cita a "enorme dificuldade" de senadores da oposição para conseguirem assinaturas que permitam a criação da CPI. Os parlamentares, ela diz, "enfrentam a pressão do governo e da bancada evangélica, fortemente mobilizada para proteger os cupinchas do presidente, Gilmar dos Santos e Arilton Moura, e o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, todos pastores".

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Serra fala então sobre Pacheco, lembrando que o presidente do Senado, na ocasião da CPI da Covid, resistiu à sua criação. "Outra frente de embaraço à CPI tem origem na letargia do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que repete seu comportamento quando da CPI da Covid. Na época, Pacheco resistiu o quanto pôde, mesmo quando o Brasil chegava, então, a 4.000 mortos por dia. Era como se 20 aviões caíssem todos os dias em solo brasileiro sem nenhum sobrevivente! E Pacheco falava em buscar um 'pacto' com o governo".

Para a jornalista, Pacheco é tão aliado de Jair Bolsonaro (PL) como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). "Com modos melífluos de causídico de província, Pacheco até consegue dar algum verniz de civilidade à sua atuação no comando do Senado. Não tem os maus bofes de jagunço e a truculência de um Arthur Lira, por exemplo. Nem por isso deixa de ser linha auxiliar de Bolsonaro. Legislativo que não cumpre seu papel se rebaixa, age como cúmplice e colabora com a ruína da democracia".

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