Cristina Serra: 'Adriano da Nóbrega deixou pistas que falaram por ele'

"Qual o conteúdo dos 13 celulares e chips apreendidos com ele e até hoje em sigilo? Mortos não falam, mas deixam pistas que falam por eles", escreve a jornalista Cristina Serra em referência ao ex-miliciano Adriano da Nóbrega, que tinha vínculos com a família Bolsonaro

(Foto: Reprodução)


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247 - Em sua coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo, a jornalista Cristina Serra destacou os vínculos do ex-miliciano Adriano da Nóbrega com a família Bolsonaro. O ex-policial foi morto em fevereiro do ano passado durante uma operação policial na Bahia.

De acordo com a jornalista, "quase um ano depois, sua morte suscita muitas perguntas". "Adriano teria sido atraído para uma armadilha ao esconder-se no sítio de um vereador do PSL? Por que temia ser morto numa queima de arquivo? Qual o conteúdo dos 13 celulares e chips apreendidos com ele e até hoje em sigilo? Mortos não falam, mas deixam pistas que falam por eles", continuou.

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A colunista disse que, "no comando da milícia, expandiu vasta rede de negócios ilícitos, como extorsão, agiotagem, grilagem de terras, transporte e fornecimento clandestino de TV a cabo, luz e gás". "Até aí, a história do ex-PM não difere da de muitos outros agentes do Estado que viraram bandidos. O que o distingue são seus vínculos estreitos com a família Bolsonaro", afirmou. 

"Em sua rota de fuga, o miliciano teria passado por sete estados. Se tivesse sido capturado vivo, talvez pudesse ter esclarecido não só a rede de proteção que o manteve foragido durante um ano como a extensa lista de crimes atribuídos a ele e a seus cúmplices", acrescentou.

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