Crimes cibernéticos: você sabe se proteger?

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Por Camila Vieira_Bahia 247

Se um site pede seus dados pessoais, quem garante sigilo? As redes sociais têm lugar para sua privacidade? Você acredita em janelas que abrem sozinhas (pop-ups) oferecendo brindes? Clica em links desconhecidos que chegam ao seu e-mail ou a partir do seu celular? Desde já, vai um conselho: fuja dessas situações. Em bom baianês: não vá que é esparro, não vá que é barril! Cada vez mais comuns, os crimes no meio digital nem sempre são punidos e, muitas vezes, nem sequer estão previstos na lei. Por outro lado, crimes já existentes, como calúnia, ameaças, espionagem, sequestros e estelionato, podem ser punidos quando se proliferam no mundo online. Independente do tipo de crime, uma é máxima inquestionável: no mundo virtual, todos (inclusive você) estão vulneráveis.

O delegado especialista em crimes cibernéticos Higor Jorge atenta para o fato de algumas pessoas andarem desprotegidas, talvez por desconhecerem os perigos da web. "As pessoas trancam suas casas, têm muros, colocam alarmes em carros, mas se esquecem de que na internet também é preciso ter segurança", pontuou Jorge, que é membro da Comissão Especial de Crimes de Alta Tecnologia da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP).

Ele recomenda que os usuários tomem cuidado com sites falsos, que se espelham nos verdadeiros sites de lojas. Links que levam a eles aparecem muito via e-mail, através de spams (mensagens enviadas em massa). Ao passar o mouse por cima da URL fornecida (sem clicar), o usuário consegue ver o verdadeiro endereço eletrônico para o qual o link o conduzirá. "O recomendável é que a pessoa sempre digite o site que quer acessar na barra de endereços do navegador, em vez de clicar em links de e-mails", aconselha.

Outra dica é conferir se o site é seguro, sobretudo quando for usá-lo para transações financeiras. Se no endereço aparece a letra 's' no protocolo "https://", ao invés de "http://", isso é um sinal verde: vá adiante, o site é seguro. Outro macete é observar se há o desenho de cadeado na barra de navegação ou nas barras de tarefa do navegador. Ele também é indicativo de segurança.

Bastante conhecidas, páginas pessoais, de serviços e perfis na internet também merecem atenção. Fique atento às mensagens.

A transição financeira na internet deve ser feita com cuidado. É bastante comum no país a prática do 'fishing', a pesca de dados pessoais e bancários.

Antes de realizar uma compra, o internauta deve ficar atento a algumas especificações. As mesmas dicas são válidas para sites de compras coletivas. Em sites seguros e famosos como Mercado Livre e Submarino, por exemplo, você tem que avaliar a qualificação do vendedor do produto. Quanto mais confiável ele for considerado pelo site, melhor.

Fique atento às mensagens. Empresas idôneas não utilizam mensagens do tipo 'seu computador está desprotegido', nem oferecem a instalação imediata de algum programa. Se isso ocorrer, saia imediatamente e não volte mais.

Não muito diferente dos computadores, celulares, tablets e ipads são vulneráveis a ataques digitais. Levantamento realizado pela Norton mostra que 10% dos adultos online sofreram algum tipo de ataque nos seus celulares. Segundo a pesquisa, mais da metade dos entrevistados no Brasil admitiram não usar qualquer tipo de proteção nos celulares.

Segundo o estudo, mais de dois terços dos adultos online (69%) já foram vítimas de crimes cibernéticos no mundo. No Brasil, esse número sobe para 80%. O país só perde para China, Rússia e África do Sul e está empatado com a Índia.

É preciso manter a segurança nos computadores. Algumas mensagens enganam o usuário. Uma dica do site Baixaki é bastante útil. Preste atenção na maneira como elas são escritas, pois mensagens de erro do sistema operacional ou de programas costumam ter uma escrita sem qualquer tipo de erro. Já as mensagens falsas não costumam atentar para os detalhes.

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