Coletivo 'Judeus com Lula' critica Estadão após comparação entre o ex-presidente e Weintraub

Em nota, o coletivo ‘Judias e judeus com Lula’ repudiou o texto intitulado "A exploração política do Holocausto", publicado no Estadão com o subtítulo "ao imitar Lula, Weintraub ofende a memória de quem padeceu sob o nazismo". A entidade criticou a comparação entre o ex-presidente e o chefe do MEC. "Não nos calaremos diante de afirmações inverídicas e disparatadas"

(Foto: Divulgação)


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247 - O coletivo ‘Judias e judeus com Lula’ divulgou uma nota de repúdio ao texto intitulado "A exploração política do Holocausto", assinado pelo jornalista Marcos Guterman. A análise publicada no jornal O Estado de S.Paulo tem como subtítulo "Ao imitar Lula, Weintraub ofende a memória de quem padeceu sob o nazismo".

O texto do Estadão criticou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que fez um comparativo entre a operação da Polícia Federal contra militantes bolsonaristas investigados em inquérito sobre fake news, na quarta-feira (27) com a Noite dos Cristais – pogrom nazista contra os judeus na Alemanha em 1938, prenúncio do horror do Holocausto.

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De acordo com a nota do coletivo Judias e judeus com Lula, o ex-presidente, ao afirmar em 2015 que "a Esquerda no Brasil era perseguida semelhantemente aos judeus pelos nazistas, exagerou em suas palavras, afinal este não é um paralelo real". "A perseguição à Esquerda existe, mas não há comparações com o nazismo. Mas afirmar que Weintraub 'imitou' Lula, sugerindo que estes se encontram em um ponto equivalente do espectro político é completo contrassenso", diz. 

"Lamentamos que o Estadão insista em tentar criar uma simetria entre o governo que está no poder hoje e os governos do PT que, independente de seus erros, se pautaram na Democracia e no respeito ao ser humano. O ineditismo nefasto deste governo impede qualquer comparação honesta com governos anteriores", acrescenta. 

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Segundo a nota, "cabe à imprensa justamente desvelar os fatos em sua real complexidade ao invés de promover a continuidade de narrativas falseadas. Cada vez que o Estadão tenta forjar essa comparação, presta um desserviço gigantesco à Democracia".

"Por fim, lamentamos ainda mais que a palavra usada para essa distorção venha de um judeu. Nada legitima uma distorção, mesmo que seja sobre os judeus escrita por um de nós. Não nos calaremos diante de afirmações inverídicas e disparatadas".

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