CNN Brasil corta custos ao extremo, revolta jornalistas e vive fim de sonho após dois anos

O canal de notícias realizou demissões desde o início do mês em diversos setores

(Foto: CNN/Divulgação)


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247 - Pouco mais de dois anos após sua estreia no país, a CNN Brasil vive uma crise nos bastidores. Se antes havia o sonho entre os jornalistas de fazer parte do projeto, hoje existe uma grande insatisfação de quem está lá. O canal de notícias realizou demissões desde o início do mês em diversos setores. Apresentadores reclamam de decisões internas, e houve ainda redução de horas ao vivo para cortar custos de produção. A reportagem é do portal Notícias da TV.

Tudo isso reflete na audiência. Em junho, o canal fechou com 0,14 ponto no PNT (Painel Nacional de Televisão), o que lhe rendeu apenas um terceiro lugar entre os canais de notícias da TV paga. A Jovem Pan News, que tem custo muito mais baixo, marcou 0,16 ponto. A GloboNews ficou soberana na liderança com 0,47 ponto, impulsionada pela estreia de Andréia Sadi no Estúdio i.

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Segundo apurou o Notícias da TV, alguns profissionais insatisfeitos da CNN Brasil procuram emprego em concorrentes para sair o quanto antes. A coluna soube de cinco casos, entre editores, repórteres e até mesmo um apresentador. Os profissionais bateram nas portas de GloboNews e Band, e o comentário interno é de que só ficam na CNN aqueles que não têm outro trabalho engatilhado.

Desde o início do mês, a CNN Brasil tem feito demissões em diversos setores. A empresa mandou embora pelo menos quatro profissionais, nas áreas de edição, reportagem e mídias digitais. Entre os nomes conhecidos, estão Rodrigo Maia, editor-chefe do projeto CNN Educação. Ele será substituído por Claudia Costin, que já é contratada da empresa.

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Jaqueline Frizon, repórter e apresentadora que atuava no Rio de Janeiro, foi demitida assim que voltou de férias, no início do mês. Ela já foi correspondente da RedeTV! na China e trabalhou na Band antes de chegar na CNN, no início de 2020.

CNN Brasil desliga na madrugada

Na surdina, no fim de junho, a CNN decidiu acabar mais cedo suas transmissões ao vivo. O último jornal, o Agora CNN, agora fica no ar entre 22h40 e 23h30. Nenhum outro canal de notícias encerra a transmissão em tempo real tão cedo. Desde o mês passado, não existem plantonistas no horário da madrugada. Se um fato urgente ocorrer, o telespectador da CNN só ficará sabendo na manhã do dia seguinte.

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A justificativa é que os custos de manter o canal "ligado" de madrugada são altos demais. Mas a equipe não entende por que não cortar, por exemplo, o CNN Soft --que não caiu nas graças do público e tem alto custo de produção.

Mesmo com cortes, a CNN tem negociado a renovação de contrato com William Waack, ex-Globo. O apresentador é uma das estrelas contratadas para chamar a atenção do público. As conversas estão avançadas, e o anúncio de sua extensão contratual deverá ser feito em breve.

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Apresentadores reclamam formalmente

A falta de comando e decisões na CNN reflete nos ânimos dos apresentadores. Evandro Cini e Elisa Veeck, que comandam o Expresso CNN entre 18h30 e 19h30, reclamaram na semana passada que não conseguem fazer o jornal no mesmo pique porque algum dos dois sempre precisa faltar para substituir outros apresentadores em outros horários. Não raramente, Cini se ausenta para fazer o matinal CNN Novo Dia e o Jornal da CNN, de Monalisa Perrone.

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