"Chefe de Estado não tem o direito de rezar em público", diz Milton Blay

"O chefe de Estado não tem o direito, não pode rezar em público. O Estado é neutro", disse o jornalista Milton Blay, após Jair Bolsonaro defender a indicação de um ministro "terrivelmente evangélico" para o STF

Jornalista Milton Blay
Jornalista Milton Blay (Foto: Reprodução)


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247 - O jornalista Milton Blay criticou, nesta terça-feira (13), no programa Bom Dia 247, a postura de Jair Bolsonaro sobre religiões, principalmente, após convocar a população a rezar, quando terminou o encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux., e também depois de afirmar publicamente que indicaria o ministro "terrivelmente evangélico" para o Supremo Tribunal Federal.

"O chefe de Estado não tem o direito, não pode rezar em público. O Estado é neutro", disse Blay. "Fico impressionado como acontecem violações à Constituição sem que nada aconteça. A laicidade implica a neutralidade do Estado, que não pode tomar posição com relação a uma ou outra religião", acrescentou. 

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De acordo com o jornalista, quando um presidente indica um jurista por ser 'terrivelmente evangélico', "ele está cometendo um crime, está violando a Constituição brasileira". "Augusto Aras (procurador-geral da República) deveria denunciar o presidente, mas não vai fazer porque é puxa saco de Bolsonaro".

Foi indicado o ministro da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, que é pastor. Na segunda-feira (12), Bolsonaro disse à imprensa após a reunião com Fux: "vamos rezar o pai nosso aqui, vamos? Vamos rezar? Vamos lá, vamos ajudar, vamos rezar o Pai Nosso".

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