'Chamar Bolsonaro de genocida é um direito exercido em nome daqueles que morreram', afirma Sakamoto

"Que tenhamos coragem de permitir que as coisas sejam chamadas pelo que elas são para que possamos continuar dizendo que este país é uma democracia", diz o jornalista

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247 - O jornalista Leonardo Sakamoto afirma, em sua coluna no UOL, que o parecer do Ministério Público Eleitoral de que não houve agressão por parte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao chamar Jair Bolsonaro (PL) de genocida representa uma vitória contra a necropolítica do atual ocupante do Palácio do Planalto. 

“A sociedade civil, a imprensa e a oposição política não têm apenas o direito, mas o dever de chamar as coisas por seu nome em nome daqueles que morreram e não podem mais fazer isso. Não é incitação contra o presidente, mas simplesmente apontar o que o conjunto de evidências mostram. E pelas denúncias feitas ao Tribunal Penal Internacional e ao Tribunal Permanente dos Povos, há elementos de sobra para tanto”, diz Sakamoto.

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Ainda segundo ele, “Bolsonaro parece ter feito um cálculo mórbido: os mortos pelo coronavírus e suas ameaças contra a democracia causariam um dano menor para suas intenções eleitorais do que a fome e a inflação. Sim, ao que tudo indica, o presidente prefere ser chamado de genocida e de golpista do que de Bolsocaro. Para ele, os mais de 680 mil mortos (ou 0,32% da população) ainda são um número menos preocupante do que a inflação de dois dígitos, que o afasta dos eleitores que ganham até dois salários mínimos”.

“Que tenhamos coragem de permitir que as coisas sejam chamadas pelo que elas são para que possamos continuar dizendo que este país é uma democracia”, finaliza.

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