Canal Resistentes publica editorial de apoio a Lula e propõe ações de governo
Veículo criado por apoiadores da TV 247 defende, entre outras medidas, revogação do teto de gastos e auditoria da dívida
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247 - O canal Resistentes, em seu portal, publicou um editorial manifestando apoio à candidatura de Lula à Presidência da República. O veículo, criado por apoiadores da TV 247, apresentou quatro pautas principais de soberania que um eventual governo Lula deve priorizar.
Estas são: "soberania energética"; "soberania econômica"; "soberania popular" e "soberania ambiental".
Leia abaixo a íntegra do texto:
EDITORIAL DO CANAL RESISTENTES
Iniciamos o ano de 2022 tendo no horizonte a eleição presidencial que se realizará no mês de outubro. Serão meses de intensa luta política antagonizando projetos distintos de país. De um lado, a extrema direita, antidemocrática, neoliberal e de cunho protofascista, apresentando duas candidaturas, o ex-Juiz incompetente, parcial e corrupto, Sérgio Moro e o atual Presidente da República, Jair Bolsonaro. De outro lado, o campo popular e democrático, apresenta a candidatura de Lula, consolidada em todas as pesquisas de opinião.
O Canal Resistentes manifesta publicamente seu apoio à candidatura Lula à Presidência da República em que pese essa candidatura ainda não estar oficialmente anunciada.
Nosso apoio implica em apresentar as principais Pautas que o Canal Resistentes vem defendendo desde sua fundação em março de 2019, início do atual governo.
São elas:
1. Soberania energética:
1.1. Recuperação dos ativos da Petrobras vendido no mercado especulativo internacional desde o governo de FHC até os dias atuais. Toda cadeia produtiva de petróleo e gás deve estar sob controle público estatal.
1.2. A Eletrobrás não pode ser privatizada.
1.3. Estímulos à geração alternativa de energia elétrica como a solar, fotovoltaica e eólica.
2. Soberania econômica:
2.1. Banco Central submetido ao poder constituído pelo voto, ou seja, sob orientação da Presidência da República. Defendemos a revogação da PEC que instituiu a autonomia do BC. O Banco Central deve orientar sua política monetária e cambial no sentido do pleno emprego e da menor inflação.
2.2. Reforma do sistema bancário que fortaleça os bancos públicos e quebre o monopólio dos bancos privados.
2.3. Controle da Conta de Capitais no BC em sintonia com os interesses nacionais. Quando necessário, fechar a Conta de Capitais.
2.4. Auditoria cidadã da Dívida Pública.
2.5. Revogação do Teto de Gastos.
2.6. Estímulo à economia solidária com atenção aos processos associativos e de cooperação.
2.7. Combate à fome, à miséria e à desigualdade econômica com programas imediatos de assistência e valorização do salário mínimo.
3. Soberania popular:
3.1. Por um programa educacional público, gratuito, universal e emancipador, da base até o ensino superior, acessível a toda população. Educação inclusiva, integrada com as culturas que respeite as diversidades e redutora de todas as formas de desigualdade e acessível a todas as pessoas.
3.2. Por um Sistema de Saúde Universal e Integrado, fortalecido no seu financiamento para atender todos os compromissos sociais expressos na Constituição de 1988.
3.3. Revogar toda Reforma Trabalhista e Previdenciária a partir do governo Temer.
3.4. Por uma Reforma Urbana e Agrária que atenda as demandas populares do campo e das cidades.
3.5. Pela propriedade coletiva da terra nos assentamentos urbanos e rurais.
3.6. Pela recuperação e ampliação da Produção Familiar e de pequenos produtores de alimentos buscando a segurança e a qualidade alimentar.
3.7. Pela manutenção dos Correios como empresa pública estatal.
3.8. Por uma doutrina militar que defina claramente o papel das Forças Armadas na defesa de nossas fronteiras, de nossa soberania territorial e que supere definitivamente a condição de Tutores de nossa democracia.
3.9. Radicalização da democracia com a utilização de plebiscitos e referendos para decidir as grandes questões nacionais, formação de comitês e conselhos populares para definição de estratégias de políticas públicas.
4. Soberania ambiental:
4.1. Pela transição energética para uma economia de baixo carbono.
4.2. Pelas demarcações das terras indígenas, dos quilombolas, dos ribeirinhos e dos povos originários, independente do Registro do Pedido, ou seja, somos contra o “Marco Temporal”, pois entendemos que mera tese jurídica não pode restringir as condições de vida e sobrevivência dos povos originários.
4.3. Pela recuperação e preservação dos Biomas Amazônico, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal.
4.4. Nossos Recursos Hídricos e as Bacias Hidrográficas devem ser planejadas e a Gestão Democrática, Descentralizada e Participativa. O Saneamento Básico, especialmente as águas, são um bem social e ecológico comum de todas as pessoas.
4.5. Capacitação das estruturas de governo e da população para o enfrentamento e redução dos impactos às mudanças climáticas.
Temos clareza que nossa pauta não se resume a apenas um período de governo popular e democrático e tão pouco obedece a lógica do jogo eleitoral. A construção de um Projeto de Nação Soberana, Inclusiva e que enfrente o racismo, a misoginia, LGBTQIA+fobia, como todas as nossas iniquidades seculares, só se dará com a emergência da Classe Trabalhadora como protagonista dessa luta. Os limites da política de conciliação de classes no Brasil estão dados com o Golpe de Agosto de 2016 e todos os demais Golpes que o antecederam. Ou aprendemos com a história ou reincidiremos nos mesmos erros. O Canal Resistentes se coloca ao lado dessas lutas e acredita, na atual conjuntura, que a candidatura Lula para Presidência da República em 2022 pode representar o início de uma caminhada para a emancipação do povo brasileiro.
Vamos à Luta!
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