Bruno Boghossian: propagação intencional do coronavírus por Bolsonaro está ligada ao "gabinete paralelo"
A existência de um "gabinete paralelo" aponta que "a sabotagem a medidas de restrição, a recusa de vacinas e o investimento na cloroquina não foram simplesmente escolhas erradas de um presidente descuidado, mas um caminho traçado", diz o jornalista Bruno Boghossian
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247 - Em sua coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo, o jornalista Bruno Boghossian diz que os relatos colhidos pela CPI da Covid sobre a existência de um "gabinete paralelo", que orientava Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia de Covid-19, apontam que “a sabotagem a medidas de restrição, a recusa de vacinas e o investimento na cloroquina não foram simplesmente escolhas erradas de um presidente descuidado, mas um caminho traçado”.
“A CPI quer mostrar que Bolsonaro desenvolveu, sob orientação desses conselheiros, uma política de propagação intencional do coronavírus ”, ressalta Boghossian. “Essa visão reforça o dolo de Bolsonaro na pandemia. Para evitar prejuízos para o governo, o presidente estimulou os brasileiros a circularem normalmente, sob a ilusão de que estariam protegidos por estoques de cloroquina. A ideia era atingir uma imunidade natural, sem vacinação. O resultado foi a aceleração do contágio e o aumento das mortes”, completa.
“Para senadores da comissão, o presidente escolheu se reunir com um grupo que pudesse dar aparência pretensamente técnica a essas escolhas, ignorando deliberadamente as vozes que diziam que aquilo tudo era maluquice – mesmo aquelas que estavam dentro do Ministério da Saúde”, afirma.
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