Bolsonaro vai usar o 7 de setembro como "desculpa para mais um show de uso de fancaria", diz Vera Magalhães
Jornalista Vera Magalhães, que apoiou o golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, diz que “o sequestro do patriotismo" por Jair Bolsonaro e seus seguidores "é uma das ferramentas básicas por meio das quais regimes e líderes políticos autoritários constroem a mística em torno de si”
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - A jornalista Vera Magalhães, que apoiou o golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, disse em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo deste domingo (6) que o feriado do dia Sete de Setembro será a “desculpa para mais um show de uso de fancaria do termo por parte de Jair Bolsonaro e seus seguidores, num truque comum a regimes de corte nacional-populista”.
“O sequestro do patriotismo permite ao “capitão” desde desqualificar qualquer opositor como sendo inimigo do Brasil até cunhar frases absurdas como a de que donos de supermercados deveriam demonstrar seu amor à Pátria baixando o preço dos produtos”, diz.
Para ela, “é essa apropriação indébita que faz com que o discurso propagandista vendido pela Secom, transformada por Bolsonaro num Ministério da Propaganda, eleja aproveitadores como “heróis” e venda uma narrativa parcial como sendo a História do Brasil”.
A jornalista observa que “o recurso a um passado falsamente idealizado não é um expediente original do bolsonarismo. Ele é uma das ferramentas básicas por meio das quais regimes e líderes políticos autoritários constroem a mística em torno de si”.
“É preciso que os verdadeiros patriotas, aqueles que não usam a Bandeira do Brasil como abadá, pensem em feriados como o de amanhã como um momento de reflexão a respeito desse presente cheio de um passado do qual a História sem narrativa não permite sentir saudades nem orgulho”, afirma.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247