Mello Franco: Bolsonaro, o refém da 'gripezinha'
Jair Bolsonaro é um caso raro no mundo. Enquanto todos os líderes mundiais aumentam sua popularidade durante a pandemia do novo coronavírus, o inquilino do Palácio do Planalto é desprestigiado internacionalmente e se encontra isolado internamente
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247 - "O presidente sempre negou a gravidade da Covid-19. Chamou a doença de 'gripezinha', debochou das medidas sanitárias, comprou briga com prefeitos e governadores. Em março, ele garantiu que o país não ultrapassaria as 800 mortes. Com a conta se aproximando de 30 mil, passou a manipular as estatísticas oficiais", escreve o jornalista Bernardo Mello Franco no Globo.
"Ao sonegar informações, o presidente atenta contra a saúde pública e repete dois crimes da ditadura: a censura e a ocultação de cadáveres. Nos anos 70, o regime militar tentou esconder uma epidemia de meningite. Não funcionou na época e não tem chance de funcionar agora, na era da comunicação instantânea".
"Numa democracia, a sociedade tem mais recursos para driblar a mentira oficial. O Congresso e o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde se ofereceram para compilar os dados. Os meios de comunicação foram mais rápidos e montaram um consórcio para fornecer números confiáveis".
"Um governo que vive de enganar os cidadãos e de criminalizar a oposição não é democrático e deve ser denunciado com o maior vigor, mesmo diante das limitações sanitárias impostas pela pandemia. A coragem moral que falta a alguns no governo sobra entre os brasileiros de bem – maioria absoluta da população", conclui o jornalista.
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