Bolsonaro foi do gabinete do ódio ao pacote de bondades, diz Marcelo Coelho
O jornalista Marcelo Coelho observa que Jair Bolsonaro vem mudando de estratégia visando assegurar ganhos eleitorais. Para ele, "o futuro eleitoral de nossas aberrações talvez se garanta menos com os “gabinetes do ódio” e mais com os “pacotes de bondade” que o Tesouro público possa oferecer"
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247 - O colunista da Folha de S. Paulo Marcelo Coelho observa que algumas séries norte-americanas, como Designated Survivor, exibida pela Netflix, permitem traçar um paralelo entre as ideias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Jair Bolsonaro. “Minha hipótese seria a seguinte. Em países onde o voto é facultativo, apostar no extremismo pode ser bom negócio”, diz. Para ele, no Brasil, “o futuro eleitoral de nossas aberrações talvez se garanta menos com os “gabinetes do ódio” e mais com os “pacotes de bondade” que o Tesouro público possa oferecer”.
O jornalista destaca que no sistema eleitoral dos EUA o candidato “não precisa da maioria absoluta dos cidadãos. Uns 25 ou 30% mobilizados podem dar a maioria no sistema distrital, garantir o total de votos num Estado, e decidir o colégio eleitoral americano”.
“A estratégia de Bolsonaro vinha sendo calcada nos gurus da extrema direita americana. Funciona nos seus namoros com o golpismo —invadir o STF e o Congresso, por exemplo. Com isso aparentemente afastado do horizonte, imitar Trump começa a fazer menos sentido”, avalia.
“Mas o voto obrigatório prescinde de uma militância extremada. Depende mais do desempenho que da ideologia. Pode ser que, como sempre, eu esteja errado. Mas o futuro eleitoral de nossas aberrações talvez se garanta menos com os “gabinetes do ódio” e mais com os “pacotes de bondade” que o Tesouro público possa oferecer”, finaliza
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