Bolsonaro "enfurnou-se na caverna da inviabilidade política", afirma a Folha de S. Paulo
“Nenhum chefe de Poder nem governador perfilou-se ao lado do presidente da República na sua jornada de epifania golpista", destaca o jornal
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247 - A Folha de S. Paulo afirma, em seu editorial desta quarta-feira (8) que os protestos convocados por Jair Bolsonaro para o dia 7 de setembro mostraram que o ex-capitão está “cada vez mais atrelado a seu cordão de fanáticos e isolado da institucionalidade e da maioria da população”. “O mito, como é chamado por bajuladores, enfurna-se na caverna da inviabilidade política”, destaca o periódico.
“Nenhum chefe de Poder nem governador perfilou-se ao lado do presidente da República na sua jornada de epifania golpista. As concentrações de manifestantes foram expressivas, embora muito longe de excepcionais”, avalia o editorialista. “As novas afrontas não podem passar incólumes pela Câmara dos Deputados e pela Procuradoria-Geral da República”, prossegue o texto.
Ainda conforme o editorial, Bolsonaro “tornou-se prisioneiro da lógica da agitação pela agitação. Precisa criar um factoide por minuto a fim de manter mobilizado seu círculo de idólatras. Não é justo, no entanto, que carreie nesse vórtice as energias institucionais de uma nação assolada por uma epidemia mortal, pela carestia e pelo desemprego”.
“O melhor modo de enfrentar a ameaça com o menor dano possível ao futuro do país é tomar a via oposta à que trilha Bolsonaro, que fala muito, mas trabalha pouco. A reação deveria fugir do ruído e funcionar nas atitudes, nas investigações, nos processos e na responsabilização pela profusão de desmandos do presidente da República. O Estado democrático de Direito dispõe de remédios eficazes contra a tirania. Que sejam administrados em dose neutralizante ao corpo estranho que tenta açambarcar a República”, finaliza o texto.
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