Bolsonaro beneficia Lula ao tentar comprar votos por meio da PEC do Desespero, diz William Waack

"Lula é visto pelos mais pobres como aquele que melhor garantiria os benefícios para além do horizonte de dezembro estabelecido na PEC do Desespero", diz o jornalista

William Waack, Bolsonaro e Lula
William Waack, Bolsonaro e Lula (Foto: Reprodução | PR | Ricardo Stuckert)


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247 - O jornalista William Waack afirma, em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo, que “não há surpresa alguma na PEC do Desespero” do governo Jair Bolsonaro. “A questão é saber se a compra de votos vai funcionar”, ressalta.

 “O universo de eleitores que vivem com renda familiar (atenção, familiar) de até 2 salários mínimos – o alvo da PEC do Desespero – é estimado em 60 milhões de pessoas. Esse número equivale à soma de colégios eleitorais como São Paulo, Minas e Bahia”, observa o jornalista.

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“Nesse enorme segmento a vantagem de Lula sobre Bolsonaro tem sido ampla, constante e, ao que tudo indica, consolidada. Em outras palavras, com a PEC do Desespero a estratégia de Bolsonaro consiste em atacar seu adversário onde ele é mais forte”, acrescenta.

Ainda segundo Waack, “além de chegar tarde, o segundo fator limita sua eficácia eleitoral. Existe um reconhecido “time lag” entre a aprovação/efetivação de um benefício e a melhoria da situação do candidato nas pesquisas. Fala-se de um processo que demanda em torno de meio ano – e faltam menos de três meses para o primeiro turno das eleições”.

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Waack observa, ainda, que "ao dedicar-se desesperado à compra de votos via benefícios sociais, paradoxalmente o presidente reforça a imagem de seu grande oponente – Lula é visto pelos mais pobres, em termos de atributos, como aquele que melhor garantiria os benefícios para além do horizonte de dezembro estabelecido na PEC do Desespero".

“Em outras palavras, a derradeira estratégia de Bolsonaro promete trazer pouquíssimo ganho político obtido a um enorme custo financeiro e, principalmente, institucional ao País (algo que pouco importa para a política como ela é). Provavelmente o presidente nem percebe que foi engolido pelos fatos que pretendia mudar”, finaliza. 

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