'Bolsonaro ataca pesquisas para depois contestar o resultado das urnas', afirma Bernardo Mello Franco
"A ofensiva é liderada pelo presidente-candidato, que alega ser vítima de um complô dos institutos e da mídia", diz o jornalista

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247 - O jornalista Bernardo Mello Franco afirma, em sua coluna no jornal O Globo, que a agressão sofrida por um pesquisador do DataFolha pelo bolsonarista Rafael Bianchini no município de Ariranha, no interior paulista, “não foi caso isolado. Bolsonaristas têm assediado e hostilizado pesquisadores em diversas regiões do país. Na semana passada, o Datafolha chegou a registrar dez ocorrências num único dia”. “Os ataques obedecem a uma estratégia golpista. Bolsonaro contesta as enquetes para depois contestar o resultado das urnas”, destaca mais à frente.
“Em meio à escalada da violência, o presidente e seus aliados incitam o ódio contra os institutos”, observa Mello Franco em referência às declarações feitas em tom de ameaça pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, e pelo ministro das Comunicações. “Os bolsonaristas não jogam palavras ao vento. As declarações fazem parte de uma campanha para minar a confiança nas pesquisas. A ofensiva é liderada pelo presidente-candidato, que alega ser vítima de um complô dos institutos e da mídia”, observa Mello Franco.
“Os institutos de pesquisa usam metodologias diferentes e não estão imunes a erros, como já se viu em outras eleições. Mas é possível dividi-los em duas categorias básicas: a dos sérios e a dos picaretas. No segundo grupo, estão empresas que escondem seus financiadores ou que recebem dinheiro público em contratos sem transparência. Até aqui, essas são as únicas que mostram números positivos para o capitão” finaliza.
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