Bolsonarista Ernesto Araújo promoveu 'caça' a jornalista no Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores, sob o comando do bolsonarista, abriu sindicância para investigar contatos entre e diplomatas e Jamil Chade
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247 - Uma sindicância orquestrada pelo então ministro das Relações Exteriores, em 2020, o bolsonarista Ernesto Araújo, promoveu uma ‘caça” ao jornalista Jamil Chade, do Uol, no Itamaraty, para investigar suposto vazamento de informações e os contatos entre embaixadores e diplomatas com o colunista Jamil Chade.
De acordo com reportagem do Uol, o objetivo da sindicância era “obter informações sobre como o jornalista havia obtido informações sensíveis e sigilosas que deram base à reportagem publicada em 6 de outubro daquele ano, sob o título ‘Brasil se alinha a islâmicos e ignora projeto na ONU para proteger mulheres’”, diz trecho da reportagem.
Inquiridos pelo Itamaraty, os diplomatas foram obrigados a responder um questionário com perguntas relacionadas ao jornalista.
“O envio do questionário gerou um clima de perseguição dentro do Itamaraty, de acordo com diplomatas. Para funcionários da chancelaria, o documento era a prova de que a cúpula bolsonarista estava de olho em qualquer contato com a imprensa”, diz a reportagem.
Ainda de acordo com a reportagem, “essa tensão pós-sindicância foi mais um indício da perseguição estabelecida no ministério contra qualquer um que questionasse o bolsonarismo”.
Em nova reportagem publicada pelo jornalista sob o tema “Cúpula bolsonarista investigou relação de diplomatas com jornalista”, o portal questiona o Itamaraty sobre o resultado da sindicância, mas a pasta se limitou a emitir uma nota.
"Em cumprimento à Lei no. 8.112/90, art. 143, o ministério tem o dever de investigar casos em que haja suspeita de irregularidade no serviço público. De acordo com a mesma lei 8.112, art 116, VIII, e art 132, IX, é vedado ao servidor revelar informações sigilosas". Conforme previsto na mesma lei, essas investigações somente podem ser instauradas em relação a servidores públicos. Portanto, neste contexto, nenhum jornalista ou pessoa que não pertença aos quadros do ministério pode ser investigado."
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