Bernardo Mello Franco: "Moro virou um sem-teto eleitoral"

"Sem os superpoderes da toga, ele perdeu prestígio, sumiu da ribalta e foi esquecido por quem o bajulou", diz o jornalista sobre a trajetória do ex-juiz suspeito

Sergio Moro
Sergio Moro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


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 247 - O jornalista Bernardo Mello Franco avalia, em sua coluna no jornal O Globo,  que o novo revés imposto pelo Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo (TRE-SP) transformou o ex-juiz suspeito Sergio Moro em um “sem-teto eleitoral”. “O ex-juiz vive no Paraná, mas queria ser candidato por São Paulo. Para comprovar a mudança de endereço, apresentou uma pilha de recibos de hotel”, destaca o jornalista.

“Moro coleciona derrotas desde que abandonou a magistratura para se juntar ao governo de Jair Bolsonaro. Sua habilidade política se mostrou muito aquém da sua ambição pessoal”, afirma Mello Franco. “Moro colaborou ativamente com o impeachment de Dilma Rousseff e a eleição de Jair Bolsonaro. No fim de 2018, rasgou a fantasia e se juntou ao governo recém-eleito. Foi a primeira de uma série de decisões desastradas”, observa ele no texto.

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“O juiz de primeira instância assumiu o Ministério da Justiça com a promessa de que seria indicado ao Supremo. Em pouco mais de um ano, ficou sem o cargo no governo e sem a vaga na Corte. Mais tarde, seria declarado suspeito nas sentenças contra o ex-presidente Lula”, relembra. 

A tentativa de aventurar-se na política também acabou não dando muito certo para o ex-juiz. “Depois de uma temporada nos EUA, Moro se filiou ao Podemos para concorrer ao Planalto. No último dia do prazo legal, migrou para o União Brasil em busca de mais dinheiro e tempo de TV. Rejeitado pelos novos colegas, acabou sem a candidatura presidencial”, observa o colunista.

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“Com a nova derrota, o ex-juiz também foi impedido de concorrer no estado mais rico do país. O ex-herói nacional foi reduzido à condição de sem-teto eleitoral. Se ainda quiser se aventurar nas urnas, terá que se conformar em fazer campanha no Paraná. A trajetória de Moro mostra que a política não é para amadores. Sem os superpoderes da toga, ele perdeu prestígio, sumiu da ribalta e foi esquecido por quem o bajulou”, finaliza.

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