Banda larga no Brasil é a 2ª mais cara entre 15 países
O brasileiro precisa trabalhar 5,01 horas por mês para se conectar à rede de banda larga fixa de 1 Mbps, segundo levantamento feito pelo economista e professor da FGV Samy; fica atrás apenas da Argentina; na outra ponta, japoneses trabalham apenas 0,015 hora para pagar pelo acesso

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247 - O brasileiro precisa trabalhar 5,01 horas por mês para se conectar à rede de banda larga fixa de 1 Mbps. O preço projeta o país ao segundo lugar entre os acessos à internet mais caros do mundo, atrás apenas Argentina, onde são necessárias 5,15 horas. No outro extremo, japoneses precisam trabalhar apenas 0,015 hora para pagar pelo acesso.
Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo economista e professor da FGV Samy Dana em parceria com o graduando em Economia pela UFV-MG (Universidade Federal de Viçosa) Victor Candido, com base nos dados do relatório The State of the Internet (da consultoria Akamai) e do Internet World Stats Broadband Penetration (do Internet World Stats).
Segundo os cálculos, o preço médio do acesso no Brasil a uma velocidade de 1 Mbps é de US$ 25,06, ou cerca de R$ 50,52 por mês segundo a cotação do último dia 10 de maio. Considerou-se uma renda média por hora, per capita, de US$ 5, ou R$ 10,08.
Para o economista Samy Dana, o alto preço cobrado no Brasil tem relação com a alta carga tributária: enquanto o país paga 40% de impostos sobre os serviços de banda larga, no Japão os tributos representam 5% do preço.
"De um lado, existe um governo que tributa muito. Por outro lado, o setor tem poucas empresas, o que faz com que a concorrência seja pequena para a dimensão que o país tem. Um setor de pouca competição e com regulação ineficiente deixa o consumidor refém do preço. O resultado é um serviço ruim e caro, que acaba sendo um entrave para o desenvolvimento do país", diz o economista.
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