"Aumentar a gasolina agora seria um risco político e também econômico", diz Breno Altman

Decisão sobre possível reoneração dos combustíveis "deve ser vista com muito cuidado", adverte o jornalista

Breno Altman e Lula
Breno Altman e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters | Ricardo Stuckert/PR)


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247 - O jornalista Breno Altman, em entrevista à TV 247 nesta segunda-feira (27), afirmou que a reoneração dos combustíveis "deve ser vista com muito cuidado", porque representa "um risco político e um risco econômico nada desprezível". 

O risco político, segundo ele, é "evidente". "Não há governo que ganhe pontos quando aumenta o preço do combustível. Isso funciona no Brasil, na Argentina, na França, no Sri Lanka ou em qualquer país do mundo. O aumento do preço da gasolina tem uma repercussão imediata no custo de vida da população e é um fator de desgaste. Não seria aconselhável um desgaste que poderia ser expressivo no momento político que a gente está vivendo".

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>>> Lula, Haddad e Jean Paul Prates definem hoje preços dos combustíveis

Já o risco econômico, explica Altman, se deve à inflação. O aumento no preço dos combustíveis repercute em variados setores e pode perdurar por meses. "Tem um risco econômico, que é o risco inflacionário. Nós estamos vivendo uma situação onde, em função da desorganização das cadeias produtivas, da situação internacional de fornecimento de energia, nós estamos com uma inflação resistente. Se você repentinamente majora o preço do combustível, ele terá repercussão não apenas nas bombas dos postos de gasolina, mas sobre muitas cadeias produtivas, principalmente na distribuição de alimentos. Então você pode ter um processo inflacionário, um pico inflacionário, que não vai se restringir ao mês no qual o aumento é adotado. Ele pode se prolongar por dois, três, quatro meses, em um efeito em cascata, até que ele volte a se normalizar".

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O presidente Lula (PT) se reúne nesta segunda-feira (27) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, para definir pela reoneração dos combustíveis ou pela manutenção da desoneração. O fim da isenção dos combustíveis pode aumentar o preço do litro da gasolina em R$ 0,69 e do etanol em R$ 0,24. 

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