Augusto: petistas “berram, urram, uivam, rosnam”

Colunista de Veja se vê rodeado por uma matilha de lobos incapaz de argumentar, mas apenas de uivar ofensas, num espetáculo de intolerância. Enquanto isso, ele desfila sua lógica

Augusto: petistas “berram, urram, uivam, rosnam”
Augusto: petistas “berram, urram, uivam, rosnam”


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247 – 2012 será o ano em que petistas foram para a cadeia, e não o da reconquista da prefeitura de São Paulo. Quem diz é Augusto Nunes, que vê na torcida do PT uma matilha incapaz de argumentar, mas apenas pessoas que “berram, urram, uivam, rosnam”. Leia:

2012 será lembrado como o ano em que os mensaleiros foram remetidos à cadeia

Inspirado nas reações da seita lulopetista à vitória de Dilma Rousseff, escrevi em 12 de novembro de 2010 que a torcida do PT, seja qual for o resultado da eleição, está sempre colérica com quem não cumpre ordens do dono do time. Neste domingo, a discurseira raivosa de Fernando Haddad, os comentários de seus padrinhos e as ofensas berradas pelos companheiros demonstraram que o post publicado há dois anos dispensa retoques. O espetáculo da intolerância obedece ao script de sempre.

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Em vez de festejar a própria vitória, os devotos do PT preferem celebrar a derrota dos outros. Em vez de homenagear com cantorias quem venceu, preferem ofender quem perdeu. Em vez de confraternizar com quem cumpriu a determinação de Lula e votou no poste que o chefe escolheu, preferem patrulhar a internet à caça dos que se recusam a prestar vassalagem a homens providenciais. Quem é provido de autonomia intelectual e independência política deve ser condenado à danação eterna sob uma chuva de insultos.

Em vez de sentir-se em casa nos blogs da esgotosfera, eles preferem ser escorraçados dos que não estão à venda. Em vez de dormir sonhando com os oito anos de Lula, preferem seguir insones com os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. Eles não sorriem, não se divertem, nunca ficam simplesmente alegres. Não conseguem ir além da histérica gargalhada eletrônica. Reféns voluntários do ressentimento, portadores do rancor que proíbe o convívio dos contrários, são incapazes de expressar-se com serenidade. Eles só berram, urram, uivam, rosnam.

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Prisioneiros do pensamento único, não raciocinam, não refletem, não examinam opções: recitam o que ouvem, fazem o que os comandantes ordenam, torturam o idioma e a lógica com o desembaraço inconfundível dos que se dispensam de perder tempo com dúvidas. Sobretudo, não entendem o que é ironia. Formas superiores de inteligência estão fora do alcance de cretinos fundamentais.

Porque só sabem viver possessos, os devotos da seita companheira jamais serão felizes. Como tantas outras, a torcida do PT nunca soube perder. Depois do mensalão, constatou o post de 2010, transformou-se na única torcida do mundo que tampouco sabe ganhar. Se houvesse espaço para a sensatez na cabeça de um petista, acrescento neste fim de outubro, os seguidores de Lula aproveitariam a vitória de Haddad para distender por uma semana os músculos do rosto.

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Já neste 7 de novembro, com o recomeço do julgamento do mensalão, a companheirada voltará a colecionar evidências de que vive seu annus horribilis. Como 1968, este período do calendário gregoriano não terminará tão cedo. E será eternizado nos livros de História. Não por causa das eleições municipais. que logo estarão descansando na vala comum dos acontecimentos sem maior relevância.

Em pouco tempo, ninguém mais lembrará que Haddad virou prefeito em 2012. Mas sucessivas gerações de brasileiros continuarão aprendendo, daqui a muitas décadas, que este foi o ano em que o Supremo Tribunal Federal julgou os chefões do partido que virou quadrilha e mandou para a cadeia os liberticidas que sonharam com a captura do Estado Democrático de Direito.

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