Assange expõe o vexame de Guantánamo
Documentos secretos, vazados pelo Wikileaks, revelam: Estados Unidos mantm inocentes presos e violam direitos humanos na priso mais abjeta do mundo
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247 – Julian Assange, fundador do Wikileaks, aprontou mais uma. Nesta manhã, alguns jornais globais, como o norte-americano The New York Times, o espanhol El Pais, e o inglês The Guardian, amanheceram com o mesmo material jornalístico: 759 documentos secretos do governo dos Estados Unidos, sobre os prisioneiros detidos na base de Guantánamo, em Cuba. O que os informes revelam é assustador: inocentes presos, torturas rotineiras e um sistema penal totalmente à margem das leis internacionais – e mesmo da legislação norte-americana.
Os documentos vão de 2002 a 2009 e tratam dos “processos” dos prisioneiros. Em muitos casos, as autoridades americanas referem-se a indivíduos detidos há mais de nove anos em condições abjetas como pessoas que “provavelmente” representam alguma ameaça para a segurança dos Estados Unidos. Há exemplos em que as autoridades nem sequer sabem explicar porque determinados indivíduos estão presos. Há um senhor de 89 anos com sinais de demência, um pai que foi ao Afeganistão buscar seu filho e um homem que viajava aos Estados Unidos sem documentação.
O mais grave é que o próprio governo americano mantém 83 presos que não representam risco algum para os Estados Unidos, além de outros 77 que, de maneira “improvável”, seriam ameaças à segurança interna. A prisão de Guantánamo foi criada em 2002 por George W. Bush, na esteira da “guerra ao terror”, após os atentados de 11 de setembro de 2001. Barack Obama elegeu-se prometendo fechá-la, mas até hoje não cumpriu sua promessa.
O que os novos documentos, tornados públicos pelo Wikileaks, revelam é muito simples: os Estados Unidos deveriam ser processados pela violação de direitos humanos mais elementares.
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