As empresas de tecnologia regulam a política, e não o contrário, afirma Roberto Moraes
“Essa decisão que as mídias sociais tomaram contra o Trump, por mais justificativas que tenham, demonstra para a gente que elas estão regulando quem as deveria regular”, disse à TV 247 o professor. Assista
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247 - O professor Roberto Moraes, especialista na área das chamadas “big techs”, as gigantes da tecnologia, afirmou à TV 247 que o mundo das mídias sociais avançou tanto nos últimos anos que chegou ao ponto de controlar e regular a política, e não o contrário, como deveria ser.
“Elas crescem e de certa forma deixam de influenciar a política para passar a formular e dirigir a política, isso começa lá atrás já na eleição do Obama e cresce enormemente com a eleição do Trump e com o uso da comunicação via redes sociais. Isso nos trouxe até esse momento que estamos vivendo. Nesse intervalo de tempo, estamos falando de quase uma década, as big techs cresceram e se tornaram o maior oligopólio do capitalismo e da humanidade, disse.
Moraes explicou que as “big techs” também criaram barreiras para impedir que os governos das mais diversas partes do mundo apliquem sanções ou marcos regulatórios para impor limites a elas. “Elas construíram uma dominação que cria obstáculos. A tentativa de regular as mídias sociais, seja por regulação do que elas podem ou não fazer ou sob o ponto de vista da questão econômica, da tributação, de obrigá-las por conta do cartel a se dividirem, isso não vem sendo levantado há quase uma década. O fato é que nos últimos meses aumentou drasticamente a consciência das pessoas sobre essa questão da dominação tecnológica. Ao mesmo tempo que a tecnologia nos traz uma série de vantagens e benefícios ela está trazendo um risco civilizatório. A tecnologia não deixa de ser um instrumento de automação, de ganhos de produtividade para ser fundamentalmente, por conta da comunicação, um instrumento de manipulação e de poder político”.
“Essa decisão que as mídias sociais tomaram contra o Trump, por mais justificativas que tenham, demonstra para a gente que elas estão regulando quem as deveria regular”, exemplificou.
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