Após série de hostilidades a jornalistas incentivadas por Bolsonaro, Folha e Globo suspendem cobertura no Alvorada
Surgem os primeiros veículos da mídia corporativa a boicotar a cobertura na porta do Palácio do Alvorada, após novo episódio de agressões a jornalistas nesta segunda-feira
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247 - O jornal Folha de S. Paulo e o Grupo Globo anunciaram nesta segunda-feira (25) a suspensão da cobertura jornalística do Palácio do Alvorada, por falta de segurança para seus profissionais.
Nesta segunda-feira (25), apoiadores de Jair Bolsonaro hostilizaram jornalistas, numa prática que tem sido recorrente diariamente na porta da residência oficial. Antes das agressões, o próprio Bolsonaro criticou a imprensa. "No dia que vocês tiverem compromisso com a verdade, eu falo com vocês de novo", disse ele.
A Folha de S. Paulo disse que questionou sobre o episódio desta segunda o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança do Alvorada, e a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom). Não houve resposta até a divulgação da reportagem.
"O jornal pretende retomar a cobertura no local somente depois das garantias de segurança aos profissionais por parte do Palácio do Planalto", diz o jornal.
Já o Grupo Globo anunciou que os jornalistas encontrarão maneiras seguras de apurar e relatar o que se passa ali, sem prejuízo do público.
"Como a animosidade dos militantes tem sido crescente, e sem que haja providências por parte das autoridades para proteger os jornalistas, o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo comunicou a decisão, por carta, ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno", disse o Grupo Globo.
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