Após falar em morte e desaparecimento, Wassef nega ter feito ameaça a Juliana Dal Piva
Na sexta-feira, o advogado de Bolsonaro enviou uma longa mensagem à jornalista que, entre outras coisas, dizia: "lá na China você desapareceria e não iriam nem encontrar o seu corpo"
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247 - O advogado de Jair Bolsonaro Frederick Wassef, que recebeu do chefe do governo federal uma procuração para representá-lo judicialmente, negou em nota nesta terça-feira (13) ter ameaçado a jornalista Juliana Dal Piva, colunista do UOL.
Na sexta-feira (9), Wassef enviou uma longa mensagem em tom intimidatório à jornalista. "Faça lá o que você faz aqui no seu trabalho, para ver o que o maravilhoso sistema político que você tanto ama faria com você. Lá na China você desapareceria e não iriam nem encontrar o seu corpo", diz trecho da mensagem.
Várias entidades, como o CPJ (Committee to Protect Journalists), a ABI (Associação Brasileira de Imprensa), a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e o Instituto Vladimir Herzog prestaram solidariedade a Juliana.
Leia a nota de Wassef na íntegra:
"Em momento algum ameacei ou intimidei a jornalista Juliana Dal Piva quando critiquei ditaduras comunistas, que somem com os jornalistas. Ao contrário, eu estava defendendo a democracia e a liberdade de imprensa, o que sempre acreditei. Sou radicalmente contra ditaduras, e no texto é isso que está claro. Lamento que as palavras ali trocadas tenham sido mal interpretadas e que ela tenha se sentido atingida. Não era meu objetivo. Sempre me pautei no respeito, no diálogo e na colaboração com os profissionais da imprensa, que considero fundamentais para o meu trabalho. Gostaria de frisar ainda que a mensagem não tem nada que ver com a matéria publicada por ela. Ao contrário, dei entrevista e colaborei com a matéria sem reclamar. Apenas 48 horas após eu criticar Cuba, Venezuela e ditaduras comunistas, o povo em Cuba saiu às ruas protestando contra a ditadura comunista, tal qual eu fiz, e foi severamente punido, com várias pessoas presas por fazer uma manifestação pacífica. Apoio a população de Cuba e da Venezuela que sofrem com o comunismo".
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