'Amanhã pode ser qualquer um de nós', afirma escritor perseguido pela Universal
“Esse tipo de assédio processual via ação coordenada precisa acabar. É uma arma permanentemente engatilhada e apontada contra a liberdade de expressão no país”, concluiu João Paulo Cuenca
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247 - O escritor João Paulo Cuenca agradeceu a solidariedade nas redes sociais contra a perseguição que ele vem sofrendo da Igreja Universal do Reino de Deus por ter criticado a instituição e o governo de Jair Bolsonaro. “É importante lembrar que esse caso me ultrapassa: amanhã pode ser qualquer um de nós”, afirma.
“Esse tipo de assédio processual via ação coordenada precisa acabar. É uma arma permanentemente engatilhada e apontada contra a liberdade de expressão no país”, concluiu.
Pastores da Igreja apresentaram à Justiça ações de indenização contra o escritor que publicou em junho no Twitter que o “brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal”, parafraseando um texto de Jean Meslier, autor do século 18, que escreveu que “o homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre”.
A defesa de Cuenca denuncia que já são mais de 80 ações apresentadas em 19 estados, com pedidos de ressarcimento por dano moral em valores entre R$ 10 mil e R$ 20 mil.
O escritor afirma que “as ações são muito parecidas, são todos pastores da igreja, isso é uma ação coordenada, isso é litigância de má-fé. Essas pessoas estão usando o sistema jurídico do país para me constranger. Essa ação coordenada é um abuso do uso da Justiça”.
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