Altman: objetivo das esquerdas deve ser derrubar Bolsonaro e depois antecipar eleições presidenciais
“O impeachment não resolve isoladamente a situação. A substituição de Bolsonaro por Mourão é praticamente a substituição de seis por meia dúzia. A perspectiva com a qual a esquerda deve trabalhar é a antecipação das eleições”, afirmou à TV 247 o jornalista. Assista
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247 - Jornalista e editor do site Opera Mundi, Breno Altman analisou na TV 247 a temperatura pelo impeachment de Jair Bolsonaro que vem crescendo no país nos últimos dias. Para ele, no entanto, a esquerda deve ter em mente que o impeachment é apenas o primeiro passo de uma luta pela antecipação da eleição presidencial de 2022.
Na visão de Altman, a saída de Bolsonaro e a ascensão de Mourão à presidência não tira o país da situação que vive hoje. “O impeachment não resolve isoladamente a situação. A substituição de Bolsonaro por Mourão é praticamente a substituição de seis por meia dúzia, basta ver as posições concretas que defende Mourão”.
De acordo com o jornalista, a conquista do impeachment é mais importante porque reacende a força popular do Brasil e, assim, permite que o povo avance ainda mais na luta pela redemocratização do país. “O impeachment, o movimento pelo impeachment e eventualmente a vitória do impeachment tem a vantagem de permitir que as massas do povo brasileiro sintam mais confiança nas suas forças, porque o impeachment só sairá se nós voltarmos a ter um fortíssimo movimento popular, e esse movimento popular é que pode alterar a correlação de forças no Congresso. Alterada a correlação de forças no Congresso, nós podemos ter um sentimento de maior confiança do povo brasileiro nas suas próprias forças para dar continuidade à luta do impeachment. A continuidade da luta do impeachment é criar uma crise no país que leve à antecipação das eleições presidenciais. A perspectiva com a qual a esquerda deve trabalhar é a antecipação das eleições presidenciais, e não a composição de um governo neoliberal ao redor do Mourão. A esquerda não deve ser de forma alguma cúmplice de um governo Mourão”.
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