Altman: 'esquerda deve se reaproximar das organizações na base, como faz a direita religiosa'
Jornalista Breno Altman alertou para "a excessiva institucionalização e o sumiço de organizações na base" por parte do campo progressista, "no rumo oposto da direita religiosa"
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247 - O jornalista Breno Altman alertou para a necessidade de os partidos do campo progressista se reaproximarem de suas bases e fez um comparativo com as mobilizações do que chamou de "direita religiosa".
"Nos últimos dez anos, a esquerda e o PT estão perdendo força em eleições municipais. Uma explicação possível é a excessiva institucionalização e o sumiço de organizações na base, no rumo oposto da direita religiosa. Não adianta estar ao lado do povo apenas em tempo de campanha", escreveu o jornalista no Twitter.
Nos últimos anos aumentaram as críticas de que a esquerda precisa se reaproximar de suas bases, pois, de acordo com analistas, o campo progressista viu os evangélicos avançarem cada vez mais nas periferias, muitas dominadas também pelo narcotráfico.
Nesta década alguns fatos, no entanto, apontaram para uma tentativa de criminalização do PT, principal sigla de esquerda. Um deles foi em 2012, quando o julgamento do chamado "mensalão" coincidiu com o período eleitoral.
Quatro anos depois, a então presidente Dilma Rousseff sofreu um golpe e o ex-presidente Lula foi denunciado no processo do triplex em Guarujá (SP) - o próprio procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia "provas cabais" de que o ex-presidente era o proprietário do imóvel supostamente dado a ele como propina da OAS.
Ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro condenou Lula sem provas - o ex-presidente nunca dormiu nem tinha a chave do apartamento. Em abril de 2018, o então magistrado emitiu a ordem de prisão sem o esgotamento de todos os recursos judiciais.
Moro recebeu o convite da equipe de Jair Bolsonaro ainda durante a campanha eleitoral. Agora, Lula aguarda o Supremo Tribunal Federal julgar a suspeição do ex-juiz.
Para a eleição presidencial de 2022, a esquerda tem ao menos três principais nomes cogitados - Lula ou outro membro do PT, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
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