Alô, senhores! A banda larga do Brasil é um lixo

Os chefes da internet no Brasil, Antonio Carlos Valente (Telefonica), Carlos Jereissati (Oi), Luca Luciani (TIM) e Carlos Slim (Claro), oferecem uma banda larga de pssima qualidade aos usurios brasileiros; movimento #QualidadeJa chegou aos Trending Topics do Twitter

Alô, senhores! A banda larga do Brasil é um lixo
Alô, senhores! A banda larga do Brasil é um lixo (Foto: Edição/Felipe L. Gonçalves/247)


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247 – A qualidade da banda larga no Brasil é péssima. Para se ter ideia, uma pesquisa publicada em setembro deste ano mostrou que num ranking de 224 países, o Brasil ocupa o 163° lugar no que diz respeito a velocidade da internet. Com um “ritmo” de 105 Kbps, o País está atrás de nações extremamente pobres como Nigéria, Haiti, Etiópia e Paquistão. Outra pesquisa publicada neste mês diz ainda o que todos os internautas brasileiros já sabem: a internet do País não está preparada para suportar as exigências atuais dos usuários.

Revoltados, os consumidores lideraram nesta quarta-feira um movimento virtual impulsionado pelo Instituto de Defesa do Consumidor pela defesa da banda larga no Brasil. Chamada de “tuitaço”, a campanha citou no Twitter a hashtag #QualidadeJa, além de direcionar o perfil da Agência Nacional de Telecomunicações (@brasil_ANATEL) na rede social. Engrossando o coro, as 90 entidades participantes da campanha "Banda Larga é um direito seu!", também do Idec, também participaram. Além do Twitter, os usuários enviaram uma mensagem para a Anatel por meio do site da campanha. Nos últimos 15 dias, foram enviadas aos conselheiros da Agência cerca de sete mil mensagens, segundo o Idec.

Nesta quinta-feira, 27, haverá votação de critérios de atendimento, capacidade de rede e variações máximas de velocidade no serviço de acesso à internet pelo Conselho Diretor da Anatel. Como existe uma pressão das empresas prestadoras do serviço de banda larga, o Idec resolveu tomar a frente da ação popular para que os interesses dos consumidores também sejam levados em consideração.

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Qualidade insatisfatória

Uma pesquisa feita pelo Inmetro em junho releva que muitos quesitos das bandas largas brasileiras estão em nível insatisfatório. A principal crítica é em relação à disponibilidade do serviço. Segundo o estudo, a margem tolerável de sete horas para que a rede fique fora do ar foi ultrapassada. A legislação defende que a prestadora desconte no pagamento valor proporcional ao tempo em que estava indisponível.

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Foi notada também constante perda de dados durante a conexão, problema que causa lentidão, interrupção de fluxo de dados, imagens congeladas e ruídos durante a comunicação. Já a empresa americana Pando Networks divulgou dados que colocavam a velocidade da internet no Brasil como uma das piores do mundo. A taxa de 105 Kbps é inferior a países como Etiópia (112 Kbps) e Haiti (128 Kbps).

Mesmo com a má qualidade, um estudo da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), entidade da ONU, mostrou que a internet no País continua sendo a mais cara do mundo. Enquanto por aqui cada Mbps da banda custa cerca de U$60,00, a mesma velocidade na Turquia, por exemplo, custa a metade do preço, e um vietnamita precisa desembolsar apenas U$ 6,00.

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