Ações do Clarín caem após invasão de militares

A ocupao do maior conglomerado de comunicao da Argentina durou cerca de trs horas e o veculo chegou a ficar fora do ar em alguns momentos. Jornal denuncia episdio como uma campanha sistemtica de perseguio do Governo Kirchner

Ações do Clarín caem após invasão de militares
Ações do Clarín caem após invasão de militares (Foto: Diego Diaz/Clarin.com)


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247 com agências internacionais - A emissora de TV por assinatura argentina Cablevisión teve sua sede invadida por militares na tarde desta terça-feira, em Buenos Aires. A ocupação durou cerca de três horas e o veículo chegou a ficar fora do ar em alguns momentos. O canal pertence ao maior grupo de comunicação do país, que é responsável pela publicação do Clarín.

“A polícia ocupou o nono andar do prédio, trancou-nos e pediu todos os documentos para os executivos da empresa. Eles foram, então, ocupando outros andares da sede da Cablevisión. Eles também checaram os pertences de cada pessoa que entrou na sede da empresa”, relata o site do Clarín.

O episódio marca mais um capítulo polêmico entre as relações do Clarín com o governo Kirchner. O jornal é acusado por militantes kirchneristas de tentar um golpe contra o governo, durante a crise do campo, em 2008. Em outras ocasiões, sindicalistas ligados ao governo chegaram a bloquear a distribuição do jornal e hastearam anúncios com as mensagens: "Clarín mente". Além disso, o fato acontece num momento em que o Senado se prepara para votar uma lei polêmica que declara de interesse público o papel jornal, que tem como único fabricante a Papel Prensa, controlada pelos diários "Clarín" (49% das ações) e "La Nación" (22,49%), os dois maiores da Argentina, enquanto o Estado possui uma participação de 28,08%.

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Em sua versão online, o Clarín criticou duramente a decisão dos militares. De acordo com o site, a invasão aconteceu devido a uma ordem judicial com base em uma denúncia apresentada pelo concorrente Supercanal. Outra reclamação do Clarín é o fato de a decisão judicial ter sido emitida pela Justiça de Mendoza, interior da Argentina, cidade em que o grupo ressalta não ter nenhuma operação.

O advogado da empresa televisiva já apresentou duas denúncias criminais por invasão e abuso de autoridade.

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Após a intervenção judicial na Cablevisión, ações do Grupo Clarín, maior conglomerado midiático da Argentina, despencaram na terça-feira. Às 14h50 (hora de Brasília), os papéis operavam em queda de 10%, cotadas a 9 pesos.

Hernán Labrone, analista da Fénix Compañía Financiera, disse que a ação judicial na Cablevisión "impacta o Grupo Clarín, um papel que com o tempo se tornou não-líquido por causa das pressões existentes entre a empresa e o governo".

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