'A voz em defesa da democracia é polifônica', diz Míriam Leitão

“Hoje é 11 de agosto. A sociedade falará. Serão centenas de milhares de vozes. A beleza da democracia é que ela é polifônica”, diz a jornalista sobre os atos desta quinta-feira

Manifestação em Brasília
Manifestação em Brasília (Foto: Reprodução/Twitter/George Marques)


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247 - A jornalista Míriam Leitão afirma, em sua coluna no jornal O Globo, que o atos em defesa da democracia, que acontecem nesta quinta-feira (11) em diversas cidades do país, revela “que a luta democrática tem tradição no Brasil, pessoas que discordam em muita coisa estão juntas na defesa de valores e princípios comuns, há muitos problemas a enfrentar e nesta hora da festa cívica da eleição estamos passando por um momento de imenso perigo”. 

“A inspiração é conhecida e será dita. Em 1977, o professor Goffredo da Silva Telles leu sua carta, no mesmo local, defendendo o fim da ditadura. Quem viveu aquele ano sabe o ar sufocante que pesava sobre nós. Em abril, o Congresso foi fechado pelo general Geisel. Em outubro, o Brasil estava diante de uma situação inusitada, porque até democratas se viam torcendo por Geisel, já que a luta intestina e cabulosa dentro do regime nos ameaçava com algo muito pior. Se o general Sylvio Frota vencesse a disputa, que travou com o então presidente, haveria uma radicalização da ditadura. Frota representava o que havia de pior dentro do regime. Em seu gabinete trabalhava um certo capitão Heleno, hoje ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional. Foi entre esses dois eventos — o fechamento do Congresso e a demissão do Ministro do Exército que conspirava para endurecer o regime — que o professor Goffredo leu sua carta defendendo o Estado Democrático de Direito”, observa a jornalista. .

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“Hoje, com a lembrança daquele momento histórico, o Brasil ouvirá a leitura da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”. Nos últimos dias, quando o número de signatários se aproximava dos 900 mil, a sensação que se vivia era de que a sociedade reagia, afinal, aos muitos e infames ataques do presidente da República ao pacto político de 1988”, ressalta. 

“Hoje é 11 de agosto. A sociedade falará. Serão centenas de milhares de vozes. A beleza da democracia é que ela é polifônica”, finaliza. 

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