STF julga pacote de ações que podem frear retrocessos ambientais de Bolsonaro

PGR já se posicionou contra os pedidos, que têm apoio de ex-ministros, artistas e indígenas

(Foto: ABr | Divulgação)


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Por Murilo Pajolla, do Brasil de Fato - O plenário Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar entre quarta (30) e quinta-feira (31) sete ações decisivas que pedem a reversão de ataques ao meio ambiente promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

Alinhado ao presidente, o procurador-geral da República, Augusto Aras, já se posicionou contra todos os pedidos. Por outro lado, as ações têm o apoio de organizações indígenas, artistas e ex-ministros do meio ambiente. 

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O principal item é a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 760, que pede a retomada do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia (PPCDAm).

Fruto de um esforço até então inédito, mas engavetado por Bolsonaro, o PPCDAm é considerado por especialistas o principal responsável pela redução de 83% do desmatamento na Amazônia entre 2002 e 2012. 

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No restante da pauta, o ministro do STF Luiz Fux agendou a análise de ações que pedem o fortalecimento da fiscalização do Ibama, fortalecem o Fundo Amazônia e classificam como inconstitucional a omissão de Bolsonaro diante dos aumentos recordes de desmatamento.

Confira no final da matéria a lista completa da “pauta verde” do STF para os próximos dias. 

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Ex-ministros pedem "integração da economia com a ecologia"

Os julgamentos ocorrem em meio a um movimento de pressão de ex-ministros do Meio Ambiente dos governos Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer. 

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Na semana passada, nove ex-titulares da pasta se reuniram com Fux, a quem entregaram uma carta pedindo que a Corte “reposicione” o Brasil “com os valores e ideais que movem grande parte das nações”. 

O documento reivindicou a “integração da economia com a ecologia, a promoção da dignidade dos povos indígenas e das comunidades guardiãs da biodiversidade e a luta pela saúde climática do planeta”.

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O manifesto é assinado pelos ex-ministros Carlos Minc, Edson Duarte, Gustavo Krause, Izabella Teixeira, José Carlos Carvalho, José Goldemberg, José Sarney Filho, Marina Silva e Rubens Ricupero. 

Contexto de mobilizações 

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No início do mês, o Ato Pela Terra, puxado pelo cantor e compositor Caetano Veloso, reuniu milhares de manifestantes em frente ao Congresso Nacional, contra o "pacote da destruição" ambiental que tramita no Legislativo. 

São seis seis Projetos de Lei (PLs) que representam impactos irreversíveis para a Amazônia, os direitos humanos, o clima e a segurança da população, entre eles o PL 191, que abre terras dos povos originários à mineração.

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