PL da Mineração é projeto projeto anti-indígena e antiambientalista do governo Bolsonaro, diz Txai Suruí
"Alguns dos atuais representantes do povo na Câmara de Deputados estão legalizando a destruição da floresta e o genocídio indígena", diz a líder indígena
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247 - A coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental - Kanindé e do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, Txai Suruí, afirma, em um artigo publicado na Folha de S. Paulo, que Jair Bolsonaro e seu governo “colocam em prática seu projeto anti-indígena e antiambientalista, que desmonta os órgãos de fiscalização ambiental, que enfraquece a legislação ambiental e que quer acabar com as terras indígenas e permitir a sua exploração”.
Segundo ela, “o presidente da Câmara, o agropecuarista Arthur Lira (Progressistas-AL), covardemente coloca para votação o requerimento que pede regime de urgência na votação do PL191/20, atendendo ao argumento falacioso, porque não dizer cínico, de que a guerra na Ucrânia promovida pela Rússia tem prejudicado a importação de fertilizantes e a produção no Brasil”.
Txai Suruí observa, ainda, que “o PL 191/20 promove a legalização de garimpos e valida o que acontece hoje nos yanomamis, com os indígenas sendo envenenados pelo mercúrio, crianças sendo mortas e desnutridas pelo garimpo ilegal”. “Alguns dos atuais representantes do povo na Câmara de Deputados estão legalizando a destruição da floresta e o genocídio indígena para atenderem ao agronegócio e à indústria da mineração”, completa.
“O que afeta os povos indígenas certamente afetará todo o povo brasileiro. Mas, como se pronunciou o advogado indígena Ivo Makuxi em seu Twitter: "Eles não querem potássio, querem ouro, querem o garimpo, querem destruir as nossas terras, poluir as nossas águas, arrancar as nossas árvores, acabar com as nossas caças, acabar com a vida nos territórios, querem nos aniquilar. É o desejo deles! Continuaremos lutando! Resistindo!", finaliza.
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