PF aponta operações suspeitas de Salles em escritório com a mãe durante governo Bolsonaro

O ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) é investigado por prática de crimes na exportação de madeira ilegal. As investigações se baseiam em relatórios de inteligência financeira produzidos pelo Coaf

Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Foto: Agência Brasil)


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247 - A Polícia Federal (PF) apontou operações financeiras suspeitas em escritório do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) em sociedade com a mãe, no período em que exerce cargo no governo de Jair Bolsonaro.

Salles é investigado por prática de crimes na exportação de madeira ilegal, junto com o presidente do Ibama, Eduardo Bim.

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A descrição da PF apareceu em relatórios que embasam a Operação Akuanduba, deflagrada na última quarta-feira, 19, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

As investigações se baseiam em relatórios de inteligência financeira produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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De acordo com o Ministério Público, Salles movimentou, entre 2012 e 2017, cerca de R$ 2,8 milhões da conta de seu escritório para sua conta pessoal. Na Operação Akuanduba, a PF aponta operações financeiras suspeitas de outros cinco investigados, além de Salles.

PF faz busca e apreensão em endereços de Ricardo Salles

A Polícia Federal faz na manhã desta quarta-feira, 19, uma operação contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles e funcionários da pasta e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). 

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Eles são acusados de corrupção ao facilitar a exportação ilegal de madeira. A ação atinge também o presidente do Ibama, Eduardo Bim. O ministro e o presidente do Ibama tiveram seus sigilos bancário e fiscal quebrados e há ações de busca e apreensão em seus endereços, do Ministério e do Ibama.

Segundo a coluna Painel, a decisão também suspendeu um despacho do Ibama, de 2020, que, de acordo com a PF, permitia a exportação de produtos florestais sem a emissão de autorizações.

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Os mandados foram autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Além das buscas, a Corte determinou o afastamento preventivo de dez agentes públicos que ocupavam cargos e funções de confiança no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e no Ministério do Meio Ambiente (MMA), entre eles Eduardo Bim. 

Após determinação do Supremo Tribunal Federal, investigadores apuram crimes contra a administração pública (corrupção, prevaricação, advocacia administrativa, e, especialmente, facilitação de contrabando) praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.

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Cerca de 160 policiais federais cumprem 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo e Pará. 

As investigações começaram em janeiro deste ano após informações obtidas junto a autoridades estrangeiras que relataram desvio de conduta de servidores brasileiros no processo de exportação.

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