Pesquisadora propõe alternativa para reduzir evaporação de açudes e aumentar abastecimento hídrico no semiárido

A pesquisadora Mariana Padilha aponta para o potencial das usinas fotovoltaicas flutuantes, mas ressalta: o custo ainda é elevado

(Foto: REUTERS/Rodrigo Garrido)


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247 - As usinas fotovoltaicas flutuantes podem ser uma opção produtiva para o problema de abastecimento hídrico nas regiões mais áridas do país, aponta estudo de viabilidade feito pela pesquisadora Mariana Padilha, em sua tese de doutorado defendida no Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe/UFRJ.

Segundo a pesquisadora, dependendo do tamanho das usinas, o projeto na bacia Apodi-Mossoró (RN) poderia gerar 12 terawatts-hora (TWh) e evitar a evaporação de aproximadamente 124 Mm³ por ano.

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“Como o Rio Grande do Norte possui atualmente 1.236.063 unidades consumidoras residenciais, a instalação das usinas flutuantes apenas sobre o volume morto dos açudes da Bacia do Apodi-Mossoró já seria capaz de abastecer todas as residências do estado”, afirmou Mariana.

A pesquisadora nota o potencial da tecnologia, mas ressalta o alto custo: “A tecnologia é nova, ainda na curva de aprendizado. Apesar do custo de implementação ser um pouco mais elevado, com as externalidades positivas a vantagem comparativa é grande”, diz. 

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O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontou para a forte pressão sobre o semiárido brasileiro considerando aumento da temperatura de 1 a 3° C até o final do século XXI. O bioma abrange 13,2% do território brasileiro. 

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