Pesquisador afirma que Greenpeace manipulou dados sobre corais na Foz do Amazonas

Segundo Luís Ercílio Faria Junior, os corais divulgados pelo Greenpeace na região onde a Petrobrás quer explorar petróleo são na verdade rochas calcárias

Luís Ercílio Faria Junior e foz do Rio Amazonas
Luís Ercílio Faria Junior e foz do Rio Amazonas (Foto: Reprodução)


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247 - O pesquisador Luís Ercílio Faria Junior, doutor em Ciência Naturais da Universidade Federal do Pará (UFPA), afirmou que a ONG ambiental Greenpeace foi responsável por propagar uma informação científica “fake” sobre a existência de corais na região da Foz do Rio Amazonas. A região é alvo de debate no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela possível exploração de petróleo pela Petrobrás. 

Em entrevista ao site Petronotícias, Faria Júnior afirmou que em 2017, o Greenpeace alardeou para o mundo a existência do que chamou de “Corais da Amazônia”. Desde então, a ONG internacional encabeçou uma campanha contrária a qualquer iniciativa de explorar o potencial petrolífero da região. No parecer em que negou à Petrobrás a licença de perfuração de poços na Margem Equatorial, uma das alegações apresentadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) foi justamente a existência desses corais. 

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De acordo com Luís Ercílio, o Greenpeace manipulou dados e informações de diversos estudos científicos realizados ao longo de décadas. Segundo o pesquisador, os “corais ameaçados” correspondem a um outro tipo de estrutura: “Os mapas oficiais garantem que as regiões indicadas pelo Greenpeace como ‘Corais da Amazônia’ são, na verdade, rochas calcárias”, alertou. 

“Eu diria que os dados foram manipulados. A verdade é que os mapas geológicos oficiais, a partir de todos os estudos feitos na plataforma continental, indicam que a região assinalada pelo Greenpeace como Corais da Amazônia são rochas carbonáticas ou calcárias”, frisou o pesquisador. 

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O especialista afirmou não acreditar que as fotos de corais propagadas pelo Greenpeace desde 2017 sejam realmente da região da Foz do Amazonas. “As fotos e vídeos apresentam alguns organismos que não característicos da foz do Rio Amazonas. Aí voltamos àquela questão de manipulação, que citei anteriormente: o uso indevido de uma foto de outra região ao lado de uma informação sobre a plataforma continental brasileira. Isso não é aceitável”, afirmou.

Leia aqui a entrevista na íntegra. 

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