Pesquisa diz que recenseamento de indígenas e quilombolas atinge 95%

"Até antes do Censo 2010, as populações indígenas eram invisibilizadas", disse o antropólogo Artur Nobre Mendes, indigenista e membro da Funai

Da esq. para a dir.: Marta Antunes, Artur Nobre Mendes, Marta Azevedo e Diana Sawyer ao lado do presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo
Da esq. para a dir.: Marta Antunes, Artur Nobre Mendes, Marta Azevedo e Diana Sawyer ao lado do presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo (Foto: Cal Guimarães/Agência IBGE Notícias | ABR)


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247 - Cerca de 95% da população indígena e quilombola foi pesquisada no Censo 2022, que deve acabar em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Até antes do Censo 2010, as populações indígenas eram invisibilizadas", disse o antropólogo Artur Nobre Mendes, indigenista e coordenador-geral de Gestão Estratégica da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

De acordo com a antropóloga e demógrafa Marta Azevedo, é importante a população indígena aparecer em pesquisas para que o Poder Público tenha mais informações nas políticas voltadas aos índios. "Onde são necessárias escolas indígenas? Quantas vacinas devemos distribuir em cada localidade?", exemplificou a especialista.

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O IBGE divulgou os números em um contexto de operações policiais contra o garimpo ilegal no Brasil e outras ações do governo federal para ajudar na saúde dos indígenas ianomâmis, encontrados em janeiro com problemas como desnutrição grave e malária. Eles formam a maior reserva indígena do Brasil, com cerca de 30,4 mil índios. 

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Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, comandado por Sônia Guajajara, 99 crianças do povo ianomami morreram em 2022 por conta do garimpo ilegal na região. A pasta estima que ao menos 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome nos últimos anos.

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