Pesquisa aponta que bitucas de cigarro liberam substâncias tóxicas nas praias e oceanos
Pesquisa da IMar/Unifesp revela que os restos de cigarros estão em primeiro e segundo lugares entre os itens mais encontrados na praia, correspondendo a 51% e 34% do lixo nos períodos de verão e inverno, respectivamente
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247 - Um estudo realizado pelo Instituto do Mar, da Universidade Federal de São Paulo (IMar/Unifesp) – Campus Baixada Santista, apontou uma alta ocorrência de toxicidade provocada do descarte inadequado de bitucas de cigarros nas praias de Santos, no litoral paulista. Segundo os pesquisadores, os restos de cigarros estão em primeiro e segundo lugares entre os itens mais encontrados na praia, correspondendo a 51% e 34% do lixo coletado nos períodos de verão e inverno, respectivamente.
“É importante ressaltar que o cigarro tem mais de sete mil substâncias tóxicas. Quando ocorre o ato de fumar, muitas dessas substâncias ficam retidas nas bitucas que, ao serem lançadas no ambiente, funcionam como verdadeiras bombas químicas com várias substâncias perigosas retidas naquele filtro, e que acabam sendo liberadas e contaminando o ambiente”, disse o professor e vice-diretor do instituto, Prof. Ítalo Braga Castro, ao site Ecodebate.
Ainda conforme o estudo, publicado pela pesquisadora Christiane Freire Lima, aluna de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Ecologia Marinha e Costeira, do IMar/Unifesp Castro, o descarte inadequado das bitucas de cigarros resulta no lançamento de compostos químicos perigosos ao ambiente e que podem matar ou causar danos reprodutivos graves nos organismos aquáticos.
Um relatório da ONG Cigarette Butt Pollution, datado de 2018, aponta que ao longo de 32 anos, o item foi o mais coletado nas praias de todo o mundo, totalizando cerca de 60 milhões de unidades.
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