ONGs condenam discurso de Bolsonaro na Cúpula do Clima e Plano Amazônia 2021/22

O texto assinado por organizações como Greenpeace Brasil, Observatório do Clima e SOS Mata Atlântica denunciou as mentiras do governo Bolsonaro na Cúpula do Clima e o Plano Amazônia, que, apontam, estabelece metas insuficientes no combate ao desmatamento

(Foto: Reuters/Ueslei Marcelino | Reprodução)


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247 - Diversas ONGs de defesa do meio ambiente condenaram em carta divulgada nesta terça-feira (27) o discurso de Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima e o Plano Amazônia 2021/22, publicado pelo vice-presidente Hamilton Mourão no último dia 9, que estabelece diretrizes para ações de fiscalização e combate ao desmatamento ilegal.

"Nas últimas semanas, por meio de uma carta de Jair Bolsonaro ao presidente americano Joe Biden e pelo seu discurso na Cúpula dos Líderes de 22 de abril, o governo brasileiro buscou atribuir à gestão atual conquistas e responsabilidades que não condizem com a realidade recente do país. Passados dois anos sob Bolsonaro, foi demonstrada a absoluta incapacidade de construir um plano capaz de enfrentar o problema do desmatamento em suas muitas dimensões", diz o documento assinado por Greenpeace Brasil, Instituto de Estudos Econômicos (Inesc), Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), Instituto Socioambiental (ISA), Observatório do Clima (OC) e SOS Mata Atlântica. 

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"O Plano Amazônia 21/22 e o discurso na cúpula climática expressam a falta de competência, credibilidade e compromisso com resultados efetivos de combate ao desmatamento, que comprometerão não apenas a saúde ambiental do Brasil e da Amazônia brasileira, como também a economia nacional, que ficará manchada pelo impacto climático e socioambiental desse desgoverno. Oferecer recursos ao Brasil, neste contexto, seria entregar um cheque em branco que aumentará a violência e a destruição da Amazônia", continua o texto.

Sob o Plano Amazônia, a meta estabelecida é de redução até 2022 do número de queimadas e desmatamentos ilegais para a média histórica do período 2016/2020 (8.7 mil km²). Segundo o Observatório do Clima, ela continuará sendo maior que a observada em gestões anteriores.

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O aumento recorde no desmatamento da Amazônia é objeto de preocupação das organizações. Para elas, os planos do governo são "vazios": "É com essa atuação na contramão do combate ao desmatamento, com um plano vazio e uma carta de intenções ao presidente Joe Biden que o governo brasileiro espera convencer a comunidade internacional de que precisa de recursos para trabalhar".

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