Observatório do Clima diz que governo Bolsonaro faz "pedalada climática" na COP26 com meta já apresentada por Dilma em 2015

Corte de emissão em 2030 deveria ser de 80% em 2030. Meta de 50% de corte de emissão 'leva Bolsonaro a no máximo empatar com ambição proposta seis anos atrás por Dilma Rousseff', diz a rede que reúne 56 entidades civis

(Foto: Reuters)


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247 - O Observatório do Clima, rede de 56 organizações da sociedade civil, denunciou que a nova meta climática anunciada pelo governo Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (1) na COP26 como "mais ambiciosa" pelo Brasil nesta segunda-feira (1º) na COP26 não representa, na prática, menores emissões de carbono do que o país já havia se comprometido a fazer. 

Segundo a rede de organizações, o governo Bolsonaro praticou uma "pedalada climática" comparando com o Acordo de Paris, em 2015, ao não informar qual deverá ser o valor limite de emissões em 2030. 

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"Caso os 50% sejam aplicados sobre a base de cálculo do Inventário mais recente de emissões do Brasil (contido na Quarta Comunicação Nacional, de 2020), o que se espera que ocorra, o governo Bolsonaro empatará com a meta proposta seis anos atrás por Dilma", diz o Observatório do Clima, em reportagem do G1.

"Caso seja mantida a base do inventário anterior, a 'pedalada cai de 419 milhões de toneladas para 218 milhões, o equivalente às emissões anuais do Iraque."

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Veja, a seguir, a cronologia dos compromissos já firmados:

  • 2015 – usando como referência 2,1 bilhões de toneladas de gases, o Brasil deveria reduzir 37% em 2025 (com isso, poderia emitir no máximo de 1,3 bilhão de toneladas) e 43% em 2030 (máximo de 1,2 bilhão de toneladas).
  • 2020 – após a revisão mais recente do valor de referência para 2,8 bilhões de toneladas, o Brasil deveria reduzir 37% em 2025 (máximo de 1,8 bilhão de toneladas) e 43% em 2030 (máximo de 1,6 bilhão de toneladas).
  • 2021 – na COP26, a meta passa a ser reduzir em 50% as emissões em 2030, mas ela não informa qual edição do "Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa" será usada como base. Ou seja, não fica claro quanto o Brasil poderá emitir em valor absoluto até 2030.


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