Na Câmara, Salles foge de perguntas sobre crimes ambientais e é chamado de “moleque”
Durante três horas em audiência pública conjunta das comissões do Meio Ambiente e de Viação e Transportes, ministro não respondeu a questões sobre madeira apreendida, culpou o PT por corte no Orçamento e foi criticado por deputados
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247 - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participou nesta segunda-feira (3) por mais de três horas de audiência pública conjunta das comissões do Meio Ambiente e de Viação e Transportes na Câmara dos Deputados, onde foi criticado e chamado de “moleque” por deputados.
Na ocasião, ele aproveitou a deixa da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), que presidia a sessão e disse que ele poderia responder apenas aos questionamentos envolvendo os temas dos requerimentos da audiência - desmatamento, redução do Orçamento do ministério e licenciamento ambiental -, e fugiu de todas as perguntas sobre a operação da Polícia Federal no Pará que fez a maior apreensão de madeira da história.
O episódio da apreensão levou à troca do delegado Alexandre Saraiva da chefia da PF do Amazonas. Na ocasião, Salles chegou a sair em defesa de madeireiros. Na semana passada, Saraiva foi à Câmara e apontou diversos crimes de Salles e sua parceria com os desmatadores, o que levou a oposição a protocolar um pedido de CPI do Meio Ambiente.
“Moleque”
A sessão foi palco de um bate-boca, no qual deputados de oposição criticaram duramente o ministro. Um deles chegou a chamá-lo de “moleque”, ainda que não seja possível identificar de qual parlamentar veio o xingamento, como registrou o site Congresso em Foco.
O ministro Ricardo Salles sugeriu como forma de recuperar o orçamento da pasta , que é o mais baixo dos últimos 21 anos, que deputados doassem recursos de emendas parlamentares individuais, o que causou alvoroço no plenário. Salles aproveitou para culpar governos do PT pela redução do Orçamento da pasta.
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