MST realiza Jornada no marco do Dia Internacional de Lutas Camponesas

Integrantes do movimento pedem o assentamento de 65 mil famílias que vivem acampadas no País. Atos acontecem em memória ao Massacre de Eldorado dos Carajás (PA)

Ato do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) no Paraná
Ato do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) no Paraná (Foto: Juliana Barbosa (MST-PR))


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247 - O 17 de abril marca a luta pela Reforma Agrária no Brasil e no mundo pelo Massacre de Eldorado dos Carajás, que teve 21 trabalhadores rurais assassinados em 1996, no Pará, onde policiais militares mataram 21 manifestantes e deixaram 69 pessoas feridas. As mobilizações ocorreram em 18 estados em todas as regiões do País nesta segunda, em luto e luta pelos 27 anos da chacina. Com o lema “Contra a fome e a escravidão: por Terra, Democracia e Meio Ambiente!”, integrantes do MST pedem o assentamento de 65 mil famílias que vivem acampadas no País, a finalização da regularização de outras 35 mil famílias assentadas e a estruturação de políticas públicas de incentivo à produção da agricultura familiar.

Segundo o MST, protestos nas sedes estaduais do Incra ocorreram no Rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe, Paraíba, Brasília, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Maranhão foram encerrados com a abertura das negociações.

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O MST ocupou oito latifúndios improdutivos em Pernambuco e uma área pública devoluta de 11 mil hectares em Aracruz, no Espírito Santo, sob grilagem da Suzano Papel e Celulose.

Houve mobilizações também no Paraná, Pará e na Bahia, com realização de audiências públicas, uma marcha na Paraíba e ações de solidariedade e plantio de árvores no Paraná, Alagoas e no Pará, onde foi realizado um ato na Curva do S em Carajás no local do massacre de 1996.

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Mais cobranças 

O MST cobrou que o governo federal nomeie pessoas comprometidas com a reforma agrária nas superintendências regionais do Incra. E a imediata nomeação das superintendências, das quais mantêm em suas autarquias, cargos intitulados por governos anteriores.

Integrante da direção nacional do MST, Ceres Hadich disse que o movimento quer que "o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar [MDA] apresente medidas concretas e um cronograma de ações para os quatro anos". 

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Além do MDA, o MST também pleiteia reuniões sobre a pauta da Reforma Agrária  com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), comandado por Wellington Dias (PT); o Ministério da Justiça e Segurança Pública, pasta de Flávio Dino (PSB); o Ministério da Fazenda, chefiado por Fernando Haddad (PT); o Incra e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

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