MPF diz que pediu à União novas ações policiais após denúncias de abuso sexual contra indígenas

O MPF também pediu que a União garanta a prestação do serviço de saúde, reabrindo os postos de saúde, e que a Funai reative o posto de fiscalização em Surucucus (RR)

Posto de saúde próximo ao garimpo ilegal
Posto de saúde próximo ao garimpo ilegal (Foto: Reprodução/Instagram/Dario Kopenawa)


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247 - O Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça Federal um novo pedido para que a União coloque em prática operações policiais contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. O MPF também pediu que a União garanta a prestação do serviço de saúde, reabrindo os postos de saúde, e que a Fundação Nacional do Índio (Funai) reative o posto de fiscalização em Surucucus, abandonado em 2009.

A iniciativa do MPF, publicada pelo portal G1, veio após Hutukara Associação Yanomami denunciar que garimpeiros exigem sexo com meninas e mulheres indígenas como moeda de troca por comida. A Terra Indígena Yanomami é a maior reserva do Brasil, com mais de 10 milhões de hectares distribuídos no Amazonas e Roraima. São mais de 28,1 mil indígenas que vivem na região.

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Os pedidos do MPF haviam sido protocolados em 31 de março após uma visita do órgão à região conhecida como Serra das Surucucus, em Roraima. Foi verificado que o garimpo está cada vez mais próximo das comunidades indígenas. 

O Instituto Nacional do Meio Ambiente (Ibama) também foi acionado par ações de fiscalização.

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O MPF também exigiu que os órgãos de repressão passem a inutilizar aeronaves, veículos e equipamentos encontrados em operações de fiscalização. "Atualmente, a nomeação de responsáveis legais pelos bens tem se mostrado insuficiente, pois em diversos casos o maquinário foi encontrado sendo novamente utilizado no apoio logístico ao garimpo", disse o MPF.

Mortes 

Além das denúncias feitas pela associação, o Centro de Documentação da Comissão Pastoral da Terra (Cedoc-CPT) também apontou um aumento superior a 1.000% nas mortes por conflitos no campo em 2021, na comparação com o ano anterior. 

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Nesta categoria, são incluídos os óbitos decorrentes das ações, mas não são homicídios. Um exemplo aconteceu em outubro de 2021, quando crianças indígenas foram sugadas por dragas em garimpo.

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