Lavagem de dinheiro do tráfico com pesca ilegal pode estar ligada ao desaparecimento de jornalista e indigenista

A PF tem pistas de que o esquema está ligado ao desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips

Jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira (chapéu)
Jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira (chapéu) (Foto: Ministério da Defesa/Divulgação via REUTERS)


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247 - A Polícia Federal (PF) investiga um esquema de lavagem de dinheiro para o narcotráfico por meio da venda de peixes e animais que pode estar relacionado ao desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, no domingo (5) no entorno da Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas. Recentemente, Pereira apreendeu peixes que seriam usados no esquema. Ele acompanhava indígenas da Equipe de Vigilância da União dos Povos Indígenas do Javari (Unijava). A PF tem pistas de que o esquema está ligado ao desaparecimento de Pereira e de Phillips, de acordo com informações publicadas neste sábado (11) pelo jornal O Globo.

Pessoas responsáveis pelas investigações do esquema afirmaram que as apreensões feitas por Bruno e a Unijava em embarcações contrariaram o interesse do narcotraficante Rubens Villar Coelho, que é conhecido como Colômbia, mas tem nacionalidade brasileira e peruana. O narcotraficante usa a venda dos animais para lavar o dinheiro da droga produzida no Peru e na Colômbia.

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As suspeitas da PF são de que Colômbia teria ordenado a Amarildo da Costa de Oliveira, o "Pelado", colocar a "cabeça de Bruno a leilão". 

A polícia prendeu Oliveira na quarta-feira (8) por porte de munição e de drogas, após denúncias de que estava envolvido no desaparecimento de Pereira e Phillips. 

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A Univaja informou que o embaixador do Peru no Brasil, Rómulo Acurio, pediu às autoridades do país vizinho para colaborar nas buscas.

Sangue e material humano

Uma perícia identificou vestígios de sangue na lancha usada por Amarildo Oliveira, conhecido como "Pelado" 

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A PF informou, nessa sexta, ter encontrado "material orgânico aparentemente humano" no Rio Itacoaí, próximo ao porto de Atalaia do Norte. 

Além de Amarildo, a polícia deteve ao menos outros dois suspeitos pelo desaparecimento do jornalista e do indigenista.

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